A manhã desta segunda-feira (15) começou com muita luta para os trabalhadores e trabalhadoras da saúde do Rio Grande do Norte, em greve desde do dia 3 de abril. O ato do dia aconteceu em frente ao Hospital Dr. José Pedro Bezerra e foi muito importante para denunciar as condições precárias em que a unidade se encontra, exigir a convocação do cadastro de reserva e votar pela suspensão das cirurgias eletivas no hospital.
Os cartazes, confeccionados pelos profissionais do hospital e exibidos durante um giro dentro dos setores, denunciam a falta de insumos básicos como: soro ringuer, soro ringuer lactato, tilatyl composto, tilatyl injetável, celestone, plasil, hidrolastina, buscopan composto, seringa de 20cc, micropore, coletor, luva cirúrgica n°8 e papel grau cirúrgico 200x100. Na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, por sua vez, faltam aparelhos de HGT,balança, Maxidrate Gel, seringa 20cc, micropore , bandeja de uso individual. Por fim, no hospital faltam fonoaudiólogos e psicólogos, os acompanhantes ficam em cadeiras de balanço quebradas, os colchões das camas estão rasgados e as portas quebradas.
Conforme o Sindsaúde/RN já denunciou em outras oportunidades, também falta refrigeração na maioria dos setores e o calor para pacientes e funcionários é difícil de aguentar. Diante do cenário lastimável, informamos que o movimento grevista irá paralisar as cirurgias eletivas no hospital, uma vez que os profissionais que aderiram à greve são responsáveis pelos cuidados de pré e pós operatório.
A iniciativa surge da necessidade extrema do governo do estado restabelecer o fornecimento dos insumos, especialmente das medicações necessárias para o pós operatório como: ácido tranexâmico, betametasona, tenoxicam injetável, dexclorfeniramina,nifedipino 10 e 20 mg,amoxicilina,meropenem, fluconazol injetável,aciclovir, escopolamina composta, nistatina pomada, mupirocina, prometazina injetável, isossorbida de 10 e 40mg, enoxaparina 20mg, haloperidol gotas e comprimido. O Ministério Público será acionado para acompanhar o caso de perto.
A greve continua e seguirá cada vez mais forte. Governadora, Fátima Bezerra (PT), reajuste 0 é deboche! Os pacientes e servidores (as) do hospital Santa Catarina merecem respeito e dignidade. Nenhuma cirurgia até que os insumos sejam entregues, nenhum serviço será estabilizado até que a pauta seja atendida!