Francisca Pires
Francisca Pires

07/07/2025, 16h


A semana começou caótica no maior hospital do Rio Grande do Norte. Denúncias apuradas pela direção do Sindsaúde/RN, na manhã desta segunda-feira (7), relatam mais um quadro gritante de superlotação no Walfredo Gurgel que tem prejudicado pacientes e trabalhadores da saúde. “É uma situação muito séria, o corredor está cheio de pacientes, inclusive dos dois lados”, descreve Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde/RN e assistente social do hospital. 

Segundo as informações, existem pacientes no pronto-socorro esperando por cirurgias que não foram realizadas porque quatro salas estão presas com pacientes que deveriam estar em UTI. Ao todo a situação é a seguinte: Quatro pacientes permanecem entubados no Centro Cirúrgico, três pacientes - também entubados - aguardando leito de UTI no setor de Politrauma e um paciente está entubado no setor de atendimento clínico, também aguardando leito de UTI. Até o fechamento desta matéria, na tarde desta segunda (07), às salas citadas ainda permaneciam bloqueadas com pacientes. 

Essa situação calamitosa acaba gerando muita sobrecarga para os (as) técnicos (as) de enfermagem, isso porque os profissionais escalados precisam se dividir entre os que vão cuidar desses pacientes que estão internados e entubados nas salas presas e os que vão acompanhar as cirurgias que estão acontecendo nas únicas duas salas que ficaram disponíveis. 

O cenário já é um velho conhecido do sindicato e só demonstra o quanto as “soluções” apresentadas pelo governo Fátima Bezerra (PT) e seus antecessores só foram paliativas e ineficazes. O problema da superlotação do Walfredo é crônico e tem raízes muito profundas que envolvem, inclusive, a necessidade de reestruturação da atenção básica de saúde e mais investimento nos Hospitais Regionais. Isso é uma vergonha! Estamos cansados de noticiar, mas não podemos nos calar diante do caos vivido no Walfredo Gurgel.