Fernanda Soares
Fernanda Soares

09/01/2015, 15h



Segundo o sindicato local, um acordo assinado com a Volks em 2012 previa estabilidade de empregos até 2016. No total, a planta conta com 13 mil trabalhadores.

Apesar dos bilhões de reais recebidos do governo federal em incentivos fiscais, desoneração da folha de pagamento e empréstimo a juros baixos via BNDES, as montadoras vêm atacando os trabalhadores em todo país, com PDVs (Programa de Demissão Voluntária), lay-off, férias coletivas e demissões.

O balanço do total de postos de trabalho fechados no setor no último ano deve ser concluído esta semana. Até novembro, as montadoras efetuaram 10,8 mil demissões de um total de 146 mil trabalhadores.

Em dezembro, outra fábrica de São Bernardo, a Mercedes-Benz, demitiu 250 metalúrgicos de um total de 1.200 que estavam com os contratos de trabalho suspensos (lay-off) até 30 abril.

“A mobilização dos companheiros da Volks tem toda nossa solidariedade. É necessário toda unidade na luta contra esses ataques. Por isso, chamamos todas as centrais sindicais a se unirem e exigirem da presidente Dilma a edição de uma medida provisória que determine a estabilidade no emprego”, afirma o secretário-geral do Sindicato e dirigente da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

“Nos últimos anos, a presidente tomou uma série de medidas que garantiram os lucros dos empresários e não pode assistir calada a tantas demissões e ataques aos trabalhadores”, finaliza Mancha.