Fernanda Soares
Fernanda Soares

14/04/2023, 09h


Conforme decidido em Assembleia da categoria, no último dia 4 de abril, os trabalhadores e trabalhadoras da saúde do Município de São Gonçalo do Amarante foram às ruas na manhã desta quinta-feira (13) exigindo que o Prefeito Eraldo Paiva (PT) finalmente receba a categoria e negocie o Plano de Cargos. A caminhada finalizou no gabinete do prefeito, onde os trabalhadores (as) decidiram que só iriam embora quando tivessem a data de uma audiência com a gestão. 
 
Após forte pressão da categoria que, inicialmente, deu de cara com o gabinete de portas fechadas, o chefe de gabinete, Abel Neto, a assessora jurídica do gabinete, Claudia Figueiredo, e a Secretaria Extraordinária de gestão, Berna Azevedo, receberam uma comissão com membros da base e diretores do Sindsaúde/RN, Sindern e Soern. Os membros da gestão prometeram uma audiência com o prefeito para o próximo dia 20 às 14h. Na ocasião, os sindicatos irão levar os técnicos responsáveis pela elaboração do Plano de Cargos e impacto financeiro para apresentar a proposta ao prefeito, à secretária de saúde e ao secretário de finanças. Apesar do diálogo ter se restabelecido, o calendário de lutas da categoria, votado em Assembleia, está mantido!
 
Relembre toda a luta:
 
Em agosto de 2022, o prefeito Eraldo Paiva (PT) convocou os sindicatos para que fosse elaborada,em caráter de urgência, a minuta do plano de cargos, carreiras e salários do município. Com esse objetivo, e a pedido do próprio Eraldo, foi formada e publicada em Diário Oficial, uma comissão para que tudo fosse agilizado até dezembro do mesmo ano. 
 
 A comissão esteve à frente de toda a elaboração e os sindicatos tiveram gastos para que em dezembro estivessem prontos, tanto a minuta do plano como o impacto financeiro do município). O problema é que, desde então, o prefeito se esconde e os seus assessores passaram a marcar e desmarcar reuniões e, sendo assim, não recebem a comissão e não negociam o Plano de cargos.
 
Hoje, os profissionais de saúde (superior) de São Gonçalo do Amarante recebem um salário base de 1.400 reais, valor válido para aposentadoria. Esse é o pior salário da região metropolitana. "Os profissionais de saúde foram os heróis da pandemia, mas hoje estão totalmente desmoralizados e desmotivados com tanta falta de compromisso da gestão com os mesmos" desabafa, Alana Moreira, enfermeira e membro da comissão. 
 
Por isso, a saúde de São Gonçalo está nesse mês de abril com uma agenda de paralisações que começou nesta quinta-feira (13) e vai até o dia 25, data da nova Assembleia da categoria, com indicativo de greve.