Os trabalhadores e trabalhadoras da maternidade Divino Amor, localizada em Parnamirim, denunciaram ao Sindsaúde/RN, na manhã desta quinta-feira (1), o caos em que se encontra a unidade durante as trocas de plantões. Isso porque há apenas um monitor funcionando para o registro do ponto e os servidores (as) que estão de saída se amontoam em filas junto dos servidores (as) que estão querendo entrar para iniciar sua jornada de trabalho.
Há anos que o ministério público recomenda que as Prefeituras e o Estado implantem o ponto eletrônico para todos os (as) funcionários (as) públicos, contratados, terceirizados e cargos comissionados que trabalham nos diversos órgãos públicos do Rio Grande do Norte. “O problema é que nunca se viu na prática isso funcionar. Primeiro porque temos um alto nível de rejeição e corporativismo por parte do alto escalão dos servidores (as) públicos; segundo pela completa desorganização para implantação desse sistema que, na prática, não funciona devido as gestões não terem interesse de aumentar seus custos com sistemas de ponto eletrônico mais eficiente”, explica Paulo Martins, coordenador do Sindsaúde/RN.
Em Parnamirim, alvo da presente denúncia, o novo sistema de ponto eletrônico foi implantado recentemente e tem gerado grandes problemas na hora dos trabalhadores e trabalhadoras registrarem suas assinaturas, as grandes filas acabam atrasando quem está chegando no plantão e também quem está saindo, muitas vezes, indo trabalhar no seu segundo vínculo . Inclusive, a nota divulgada pela Secretaria de Saúde, na semana passada, exigia que os servidores (as) das unidades de urgência e emergência como UPAs, Maternidade Divino Amor e Hospital de Pirangi, registrassem seus pontos quatro vezes ao dia, gerando ainda mais problemas.Na última reunião com a gestão, o Sindsaúde/RN denunciou a situação que envolve a obrigatoriedade de servidores (as) de plantão baterem ponto no horário de almoço. Nesse sentido, segundo o chefe do Gabinete Civil do prefeito, Rosano Taveira (Republicanos), não foi feita essa orientação.
Para nós, do Sindsaúde/RN, quem sempre sai perdendo são os profissionais (as) que estão na linha de frente trabalhando no dia a dia, uma vez que, aqueles (as) que são mais privilegiados, sempre encontram formas de se safar das penalidades que possam ser causadas pelos registros dos ponto eletrônico. O Sindsaúde/RN espera e exige que a gestão resolva urgentemente essa situação calamitosa e constrangedora a qual esses trabalhadores e trabalhadoras são submetidos diariamente.
