Fernanda Soares
Fernanda Soares

09/01/2013, 23h


Os funcionários da empresa Safe que prestam serviço à saúde pública estadual realizam uma assembléia na manhã desta quinta-feira, 10, às 8h30, em frente ao Hospital Walfredo Gurgel para definir os encaminhamentos da categoria. Eles ainda não receberam os salários referentes à dezembro que deveriam ter sido pagos até esta terça, 8.

A empresa alega que ainda não recebeu os valores referentes ao mês de novembro. O mês de dezembro tem até o dia 30 de janeiro para ser pago. Como não há repasse para o 13º dos trabalhadores, como está previsto no contrato, a empresa usou o dinheiro que tinha em caixa para quitar essa dívida não tendo mais como honrar os salários de dezembro. De acordo com o dono da empresa que teve uma reunião com o setor financeiro da Sesap, o governo diz que a previsão de pagamento é apenas quando for aberto o orçamento do estado, o que em geral ocorre em março.

Com a paralisação dos terceirizados todos os serviços dos grandes hospitais serão reduziddos, pois os setores de copa e cozinha não poderão funcionar reduzindo a alimentação para os plantonistas que por sua vez manterão apenas 30% dos serviços funcionando.

Mais transtornos
A falta de pagamento por parte do governo do estado aos seus fornecedores vem causando outros transtornos na saúde pública. Há três meses sem pagar a empresa de informática Salux os trabalhos estão prejudicados. A empresa é responsável pela recepção e pelos Setores de Arquivos Médico e Estatísticas (SAME) setores que fazem os boletins médicos, as fichas e a evolução dos pacientes. Sem os programa utilizados tudo voltou a ser feito na mão, aumentando o tempo gasto e a possibilidade de erros e perdas dos históricos dos pacientes. Os hospitais mais prejudicados são o Walfredo Gurgel e o Santa Catarina.