Thalia Varela
Thalia Varela

19/11/2025, 16h


Na manhã desta quarta-feira (19), os trabalhadores da saúde de Parnamirim paralisaram suas atividades por 24h e ocuparam o plenário da Câmara Municipal de Vereadores, para denunciarem a problemática envolvendo o reajuste de 7,5% que foi concedido aos servidores da saúde do nível médio e técnico, que tinham um salário base menor que o salário mínimo atual e que era complementado por VPNI. Além da base, também estavam presentes representantes da direção do Sindsaúde/RN, Sindern, Soern e Sinfarn.

Durante a sessão, os vereadores que compõem a Comissão de Saúde e Finanças foram convocados para ouvir os relatos dos trabalhadores da saúde e ao final se comprometeram em votar à favor da categoria. Na ocasião, os sindicatos reiteraram que a recomposição de 7,5% aplicada no salário para quem recebia menos que um salário mínimo não teve impacto financeiro na remuneração final dos servidores. Pois em vez de primeiro igualar o salário de todos os servidores municipais de nível médio/técnico em R$ 1.518,00, e aplicar a recomposição de 7,5% em cima desse valor, a prefeitura ignorou essa situação, e implantou o reajuste apenas para equiparar o salário base desses trabalhadores ao valor do salário mínimo, ou seja, sem ganho real para essa categoria. 


PRA ENTENDER:  

Conforme prometido pela Prefeita Nilda, os servidores municipais de Parnamirim teriam uma recomposição salarial de 18% até o início do próximo ano. Iniciando pelos 7,5% que já foram pagos em outubro/25 (com retroativo a 22 de setembro), seguidos por 5,5% para ser implantados em novembro/25 e mais 5% em fevereiro/26, totalizando um reajuste de 18% no salário dos trabalhadores. 

Os servidores cobraram o envio desse Projeto de Lei para a Câmara Municipal, mas na proposta dos sindicatos, além do reajuste de 5,5% prometido para todos os trabalhadores da saúde, o texto também contemplaria o reajuste de 7,5% para os trabalhadores de nível técnico e médio que não tiveram nenhuma alteração nos valores da remuneração final. Além disso, a categoria também exige que os percentuais da recomposição sejam atrelados ao salário mínimo, para que os trabalhadores não fiquem com a remuneração base de R$1.518 defasado já no início de 2026, quando ocorre o reajuste do salário mínimo.  

A categoria volta a se reunir na Câmara de Vereadores no dia 27/11 para debater a pauta dos profissionais na tribuna da Câmara, e à tarde, os sindicatos participarão da Mesa SUS Municipal. Uma nova assembleia dos trabalhadores será agendada em dezembro para avaliarem o andamento dos pontos que estão sendo negociados com a gestão municipal. A participação de todos e todas é fundamental para fortalecer a luta.