Em assembleia extraordinária da saúde de Natal que ocorreu na manhã desta sexta-feira (20), os servidores municipais votaram pela suspensão do movimento paredista da saúde de Natal, que iniciou no último dia 17 de junho. A decisão dos trabalhadores veio logo após uma liminar da justiça do RN, deferida pelo desembargador Cornélio Alves, que ordenou nesta última quinta-feira (19), a suspensão imediata do movimento grevista, sob pena de multa diária em caso de descumprimento da medida.
Para a constatação de toda à categoria, o prefeito Paulinho Freire (União Brasil) segue com as mesmas práticas abusivas do ex-gestor, Álvaro Dias (Republicanos), e mais uma vez a Prefeitura do Natal aciona a justiça para impedir a greve dos trabalhadores da saúde. Vale reforçar que, desta vez, o movimento foi judicializado em menos de 48h após sua deflagração.
Mesmo com a suspensão da greve, a luta não acabou! Por isso, a categoria aprovou na assembleia um cronograma de atividades que visam denunciar as péssimas condições de trabalho vivenciadas nas unidades de saúde da capital potiguar. Para a próxima semana, ficou definido a realização de um ato em frente à prefeitura do Natal, com data ainda a confirmar. Também foi tirado atos públicos nas UPA’s, Hospitais, Maternidade e demais locais de trabalho; a articulação de uma Audiência Pública na Câmara Municipal para tratar sobre a saúde de Natal. Além de campanhas midiáticas e intervenções públicas.
A categoria cobra recomposição salarial de 24%, implementação da data-base retroativa a março, recomposição das gratificações previstas na Lei 120, insalubridade para todos, aprovação do PL dos auxiliares de enfermagem, PL dos Radiologistas, inclusão dos auxiliares de farmácia no plano da Saúde, fim dos cortes de gratificações durante licenças e pagamento das progressões salariais. Além disso, dentistas, enfermeiros e farmacêuticos seguem sem receber auxílio transporte.