Na manhã desta quinta-feira (3) o Sindsaúde/RN recebeu, novamente, uma denúncia envolvendo o atraso nos pagamentos da empresa terceirizada Justiz,contratada pelo Estado para prestar serviço nas unidades de saúde do RN. Segundo as informações, após nossa denúncia, publicada no dia 20 de outubro, a empresa realizou sim o pagamento dos trabalhadores (as), mas apenas dos hospitais João Machado e da Polícia, os demais lotados nos hospitais Santa Catarina e Walfredo Gurgel seguem desde agosto sem o pagamento dos salários.
De acordo com a nova denúncia, feita à Direção do Sindsaúde/RN, os (as) trabalhadores (as) são retirados da escala quando questionam a empresa ou quando alegam que não possuem dinheiro sequer para se locomover até o local de trabalho. Existem trabalhadores (as), inclusive, que foram removidos de grupos de Whatsapp do trabalho e ficaram simplesmente sem nenhum tipo de rumo com relação ao seu trabalho. Cabe destacar que mesmo sem receber, esses profissionais continuam trabalhando árduamente sem garantias de quando vão receber dinheiro para quitar suas dívidas.
Assim como já denunciamos na última nota, o atraso de salários, vale transporte e vale alimentação envolvendo empresas terceirizadas e as prestações de serviços dentro dos hospitais virou rotina no Rio Grande do Norte e reflete diretamente a precarização desse tipo de serviço no Estado. Empresas como a SAFE e a JMT também são velhas conhecidas quando o assunto é atraso mensal no pagamento dos salários.
Como justificativa para os atrasos a empresa alega que o governo do Estado não realizou o repasse. A gestão Fátima Bezerra (PT), por sua vez, alega que a empresa estava devendo alguns documentos como lista de frequência, pagamento de vale transporte e vale alimentação e por isso que o dinheiro ainda não havia sido repassado. No entanto, segundo eles, a Justiz deveria ter uma saúde financeira para pagar os seus funcionários de forma antecipada e sem depender totalmente do repasse do governo.
Enquanto um joga a responsabilidade para o outro, diversos trabalhadores e trabalhadoras seguem com água, luz, aluguel e contas atrasadas e com isso, nós do Sindsaúde/RN, reforçamos que é desumano forçar as pessoas a trabalharem sem garantir ao menos o pagamento em dia. Por isso, exigimos mais compromisso e fiscalização da Governadora Fátima Bezerra (PT) na tentativa de inibir esses problemas que trazem tantos prejuízos à classe trabalhadora e, por outro lado, também exigimos mais transparência e celeridade nos processos de pagamento porque não estamos falando de favores, esse é um direito dos (as) trabalhadores (as).
