Fernanda Soares
Fernanda Soares

01/03/2023, 12h


Novamente a pauta da alimentação dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde do Rio Grande do Norte voltou a ser foco de denúncias nos últimos dias. Desta vez, as reclamações, justas, vieram do Hospital Maria Alice Fernandes onde, após terem um ponto de produtividade reduzido a R $44,00 por desatenção e problemas com guias de autorização de internação hospitalar, os (as) servidores (as) ainda precisam praticamente comprar comida todos os dias. 
 
Segundo os relatos, o intervalo entre o almoço e o jantar no hospital é de extensas nove horas e a quantidade de comida, servida em Marmitex, ainda vem sendo cada vez menor. Nas imagens, cedidas por um(a) denunciante anônimo(a), por exemplo, se nota o fundo da marmita de tão pouca comida. “Infelizmente, estão considerando os servidores como robôs e ignorando as necessidades nutricionais individualizadas num momento onde o hospital tem aumentando bastante sua capacidade de atendimento e demanda profissional com duas novas UTIs, ampliação do número de cirurgias pediátricas e atividades ambulatoriais”, lamenta em um outro trecho da denúncia. 
 
Como denunciamos com frequência, o drama do Hospital Maria Alice é comum a várias outras unidades de saúde. Inclusive, servidores (as) do Hospital Regional de Caicó denunciaram também a retirada do café da manhã na unidade. Desde o último dia 20, foram unidas as refeições do jantar e a ceia em uma única refeição. A pauta da alimentação já vem sendo discutida incansavelmente pelo Sindsaúde/RN nas Mesas de Negociação SUS há um tempo. Além disso, a direção regional e estadual do sindicato acompanha de perto as denúncias e necessidades de cada local de trabalho e denuncia publicamente a situação a fim de obter resolutivas por parte do governo Fátima Bezerra (PT).