Fernanda Soares
Fernanda Soares

24/03/2023, 12h


O Sindsaúde/RN vem manifestar seu apoio à greve dos professores da rede estadual, que teve início no dia 3 de março, em defesa do piso nacional do magistério de 2023. O piso nacional do magistério é o salário inicial das carreiras do magistério público da educação básica para a formação em nível médio. O valor considera uma jornada de 40 horas semanais na modalidade normal de ensino.
 
A categoria aprovou a greve após o Governo Fátima Bezerra (PT) descumprir o acordo da greve de 2022 e apresentar uma proposta de parcelamento do reajuste de 2023, de 14,95%, para maio e dezembro, semelhante ao acordo que não foi cumprido, jogando o retroativo para 2024 e parcelado em 8 vezes. 
A categoria reivindica o reajuste de  14,95% para todos que estão abaixo da tabela salarial do piso, com efeito retroativo a janeiro. Para os demais trabalhadores, pagar o piso em duas parcelas, nos meses de maio (7,21%) e dezembro (7,22%) deste ano, além de pagar em 8 meses, de maio a dezembro 2024, o retroativo dos 14,95% acumulado entre janeiro e maio, mais o retroativo dos 7,22% acumulado entre maio e novembro de 2023.
 
Um dos questionamentos da categoria é que a Governadora Fátima foi relatora do Piso Salarial dos professores, na época em que era deputada federal, defendia o direito ao piso e o cumprimento da lei por parte dos governos estaduais e municipais. No entanto, o governo assumiu uma postura de não garantir o piso, justificando que o mesmo inviabilizaria as contas do governo. 
 
O Governo Fátima tem a mesma postura com a categoria da saúde quando se trata do Piso salarial da enfermagem. O Sindsaúde/RN vem cobrando desde o ano passado uma reunião com o governo, mas a gestão segue enrolando. Nós do Sindsaúde/RN, cobrimos de solidariedade a luta dos professores e professoras do Rio Grande do Norte e nos somamos à exigência de que o governo do estado cumpra a lei e pague os direitos dos trabalhadores da educação.