Todos que necessitam dos serviços públicos de saúde do Rio Grande do Norte já viram, precisaram ou usufruíram do trabalho prestado pelos profissionais terceirizados da saúde, em especial da empresa JMT Service. São maqueiros, recepcionistas, auxiliares de serviço geral, cozinheiras entre tantas outras funções exercidas por trabalhadores que todos os dias sofrem com a precarização, assedio moral, atraso salarial e negação de direitos básicos, como por exemplo, o repasse em dia do vale alimentação e do vale transporte.
Pra piorar a situação, de acordo com uma denúncia repassada nesta terça-feira, 16, ao Sindsaúde/RN sobre a realidade desses trabalhadores no Hospital Santa Catarina, não existem profissionais volantes para fazerem substituições, ou seja, os funcionários fixos na instituição fazem as coberturas dos faltantes e afastados por atestado médico, gerando sobrecarga de trabalho. Ainda segundo a denúncia, há quase 1 ano a empresa JMT não faz entrega de uniformes e EPI 's, nem mesmo repassa às unidades hospitalares o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) dos seus funcionários, apesar das inúmeras solicitações dos hospitais, configurando uma clara quebra de contrato entre a empresa e a SESAP.
Para nós do Sindsaúde/RN, onde existe terceirização e privatização dos serviços de saúde pública, também há precarização das condições de trabalho e desvalorização profissional. Não devemos normalizar sobrecarga de trabalho e negação de direitos, a JMT e todas as demais empresas que prestam serviços terceirizados precisa cumprir com suas responsabilidades e deveres, e o Governo do Estado precisa fiscalizar e rescindir contratos com empresas que exploram e lucram em cima do desgaste físico e psicológico dos trabalhadores da saúde. Por isso, o Sindsaúde/RN segue lutando pela garantia dos direitos dos trabalhadores e defendendo um SUS, totalmente público, gratuito e de qualidade.