A primeira atividade coletiva desta semana aconteceu no Campus Central da UFRN, excepcionalmente às 16h, por causa do seguinte objetivo: realizar uma marcha noturna com tochas acesas
Fernanda Soares
27/06/2012, 11h
A primeira atividade coletiva desta semana aconteceu no Campus Central da UFRN, excepcionalmente às 16h, por causa do seguinte objetivo: realizar uma marcha noturna com tochas acesas. A ocasião foi uma boa oportunidade para utilizar a expressão tipicamente nordestina ?estou vendo tocha? que significa no popular ?estou a ver navios?, ?estou na mão?.
Concentração
A concentração aconteceu no pátio da reitoria, onde minutos antes da caminhada foram passados todos os informes da greve, tanto locais quanto nacionais. Localmente, as novas informações deram conta de que oito servidores da Sedis aderiram à greve, além de 50% do Instituto Cerébro. Nacionalmente já são 55 universidades paralisadas.
Para Robério Paulino, professor da UFRN que esteve presente na atividade, os técnico-administrativos estão de parabéns porque estão dando aula na rua, ao contrário de muitos docentes que estão em suas cadeiras, apesar de existirem professores que preferiam a greve. Para a estudante Géssica Regis, representante da ANEL, o governo está cada vez mais intransigente, por não negociar com nenhuma categoria.
Importante destacar que esse quadro de insatisfação não restringe-se somente à educação, em que professores e técnicos estão juntos ? na maioria dos estados ? reivindicando melhorias para área. Ela alcança também servidores dos próprios ministérios em Brasília que também se encontram em greve. Ao todo, já são oito ministérios com servidores parados, dentre esses o Ministério da Integração Nacional, além da Funai, Funasa e Incra.
A marcha
Com os últimos pontos de luz ainda presentes, no final da tarde os servidores saíram em caminhada da reitoria da UFRN, passando por setores do Campus até a chegada na parte externa na marginal da BR 101. O trânsito ficou interrompido para a realização de ato relâmpago, quando foram esclarecidos os motivos da greve nacional dos técnico-administrativos das universidades. Alguns motoristas mostraram insatisfação com o fechamento temporário da via, porém outros mostraram apoio ao movimento quando solicitados a fazer um buzinaço pela greve.