Fernanda Soares
Fernanda Soares

04/11/2013, 16h


Os servidores da saúde de Natal, em greve desde 15 de outubro, iniciaram a semana de lutas com um ato público na Zona Norte. A atividade ganhou o nome de SOS Saúde da Zona Norte, já que esta é uma das zonas que mais necessitam de investimento em saúde pública na cidade.

Os servidores se concentraram em frente ao Centro Clínico da Zona Norte, no Conjunto Santa Catarina, onde fizeram um ato público denunciando o fechamento de unidades de saúde. Em seguida, a categoria saiu em passeata pela Av. Dr. João Medeiros Filho, dizendo palavras de ordem e cantando paródias de protesto até o CAPS Norte II, na Av. Paulistana.

Lá, alguns servidores expuseram a situação lastimosa do CAPs Norte II, que não tem condições de atender adequadamente os usuários e ainda sofre com estrutura física precária, acúmulo de lixo e mato em torno do prédio e uma cozinha improvisada, sem armários para guardar os utensílios.

Os servidores ainda deram depoimentos pessoais sobre as dificuldades enfrentadas diariamente. Em um desses depoimentos, uma servidora da USF da Redinha falou sobre sua luta para conseguir tratamento para seu filho autista no CAPS I, na Cidade da Esperança: “é muito difícil se expor aqui na frente de vocês, mas eu estou revoltada com a situação dos CAPs, porque eu sou usuária do serviço e sinto na pele as dificuldades. Precisamos de mais profissionais, equipamentos e assistência técnica já!”.

Amanhã (4), a atividade de greve será no auditório do Sinpol, às 9h. A categoria participará de uma palestra sobre o orçamento do município de Natal para a saúde. Atualmente, somente cerca de 22% do orçamento da prefeitura é destinado à saúde. Nós estamos lutando para que este número aumente para 30% e que a saúde pública se torne prioridade no governo.

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