Fernanda Soares
Fernanda Soares

26/10/2022, 12h


Na manhã desta quarta-feira (26), a direção e assessoria jurídica do Sindsaúde/RN esteve no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes conversando com os trabalhadores e trabalhadoras sobre assédio moral, perseguição e práticas antissindicais no ambiente de trabalho. Os(as) servidores (as) também puderam tirar dúvidas sobre pontos da pauta de reivindicação do Estado e foram convidados (as) a participar da Assembleia da categoria no próximo dia 4. 
 
Essa iniciativa surgiu após o triste episódio vivido por uma de nossas diretoras, Mirgues Alves, que em julho deste ano foi perseguida e devolvida sem aviso prévio ou qualquer tipo de explicação no Hospital Maria Alice, onde trabalhava. Até hoje a situação não foi devidamente esclarecida, mas, para Mirgues, a sua devolução ao setor de RH configura-se uma perseguição, por ela ser dirigente sindical e atuar constantemente no seu setor de trabalho do hospital, mobilizando os trabalhadores e fortalecendo a presença do sindicato na unidade.
 
Durante a visita outros pontos importantes foram observados no Hospital. O teto de uma parte da unidade é muito velho e está coberto de poeira e mofo, o que é um perigo para as crianças que buscam atendimento no local. Além disso, os parquinhos que foram construídos para as crianças ficam completamente expostos ao sol e não tem areia, tudo é no cimento. A área de ambulatório não possui fraldário e nem banheiro infantil, desse modo, quando as crianças doentes precisam trocar fralda ou tomar banho são obrigadas a usar o banheiro de adulto. Na unidade também existem autoclaves novas,que foram doadas de outros hospitais, paradas há meses e sem previsão de começarem a funcionar.  Por fim, registramos a UTI Neonatal que está montada desde o início da pandemia e nunca foi utilizada, o prédio que é completamente novo, está todo equipado, mas nunca funcionou, segundo a gestão, por falta de RH.
 
Hoje, o Sindsaúde/RN pôde dizer basta à perseguição e assédio moral no Hospital Maria Alice, bem como orientar e fortalecer os trabalhadores e trabalhadoras da unidade. No entanto, é importante denunciar as condições estruturais irregulares e exigir que o governo Fátima Bezerra (PT) resolva o mais rápido possível a questão da falta de RH para trabalhar na UTI Neonatal. É desumano imaginar quantas crianças morrem na espera de um atendimento nos hospitais do Estado quando existe uma unidade com equipamentos novos e completa deixada às moscas. Que vergonha! Seguiremos acompanhando o desenrolar de todas as pautas que envolvem o Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes!
 
Confira mais imagens da visita aqui.