Fernanda Soares
Fernanda Soares

13/09/2013, 13h


Na manhã desta sexta-feira (13), o Sindsaúde realizou um ato público em frente ao Palácio Felipe Camarão, da Prefeitura do Natal. Durante o ato, diretores do Sindsaúde-RN e servidores da saúde falaram sobre a campanha salarial do município e reivindicaram melhores condições de trabalho. Cerca de 30 servidores participaram do protesto, com camisas da campanha salarial.

O ato foi mantido mesmo após o adiamento da reunião com o prefeito, na qual ele iria dar a resposta oficial sobre as reivindicações do Sindsaúde e demais sindicatos que representam os trabalhadores da saúde. A reunião foi adiada para a segunda-feira, 16, às 11h. No mesmo dia, às 14h, haverá assembleia dos servidores, no auditório do Sinte-RN, para avaliar a resposta do governo.


A diretora do Sindsaúde Célia Dantas iniciou o ato falando sobre a necessidade de reajuste salarial para a categoria. Os servidores da saúde, que têm data-base em março, estão há mais de dois anos sem reajuste e, segundo Celia Dantas, "isso também é uma calamidade".

O ato denunciou ainda a falta de condições de trabalho e o caos na saúde de Natal.
Ela também denunciou a situação de várias unidades do município em que há problemas estruturais e muitas que estão fechadas por falta de pagamento. "Como fica o atendimento à população com tanta unidade fechada?", questiona.

Andréa Alexandre, do Sindsaúde, destacou o impacto do caos na saúde na saúde do trabalhador. "Nós estamos trabalhando de forma precária. Muitas vezes, adoecemos pela sobrecarga e porque não podemos dar resolutividade aos problemas dos pacientes", diz.

Ela também denunciou que a prefeitura está pedindo autorização da Câmara para o empréstimo de R$ 104 milhões para as obras de mobilidade, para a Copa do Mundo. "Que você [prefeito] vá à Câmara pedir urgência, pedir aprovação de empréstimo para dar agilidade as coisas precárias que estão dentro dessa cidade. Vá buscar prioridades como saúde, educação, transporte e segurança", afirmou.