Fernanda Soares
Fernanda Soares

11/05/2022, 12h


No último período, o Hospital Municipal de Natal tem sido alvo de diversas denúncias sobre o desmonte que vem ocorrendo na unidade por parte da prefeitura de Natal, comandada por Álvaro Dias (PSDB). O único hospital da capital potiguar de alta complexidade e referência em ortopedia está sumindo aos poucos. Antes mesmo de iniciarmos a greve já denunciávamos a ameaça de fechamento e a política de sucateamento da saúde do prefeito Álvaro Dias.
 
Há quase um mês fizemos uma denúncia de que a UTI 1 do  HMN, que contava com 20 leitos para atendimento de pacientes com Covid-19, foi totalmente demolida. Os pacientes que estavam internados foram transferidos para o hospital da rede privada, Severino Lopes, no qual a Prefeitura de Natal comprou 50 leitos clínicos para atender o remanejamento dos leitos do Hospital Municipal de Natal. No entanto, após uma semana desde a depredação da UTI, os pacientes das UPAS e do Severino Lopes começaram a voltar para o Hospital Municipal de Natal, sendo obrigados a ficarem em leitos de UTI improvisados em enfermarias.
 
“Nós do Sindsaúde/RN sempre denunciamos a gambiarra que a prefeitura de Natal faz com esse hospital. Porém, não é porque um serviço é mal gerido que ele tem que ser fechado. Para piorar, o hospital voltou a receber pacientes positivados com Covid-19. Simplesmente o  paciente está contaminado na UTI 2 junto com outros pacientes com outras enfermidades. Isso é muito greve”, enfatizou Érica Galvão, diretora do Sindsaúde/RN.
 
No início da tarde desta terça (10), recebemos a notícia de que o Ministério Público fez uma vistoria no Hospital Municipal de Natal para averiguar as condições de trabalho no local. Vale ressaltar, que o jurídico do Sindsaúde/RN já havia protocolado uma denúncia sobre o assunto anteriormente,  junto ao MPT.
 
Para nós do Sindsaúde/RN, é lamentável a condução irresponsável do desmonte do Hospital Municipal de Natal, no qual põe em risco a saúde das pessoas. É importante lembrar que o prefeito Álvaro Dias cortou a gratificação Covid e agora está submetendo esses trabalhadores e trabalhadoras a atenderem pacientes contaminados. É um desrespeito com quem presta o serviço e com os pacientes que estão necessitando do atendimento.