Fernanda Soares
Fernanda Soares

22/07/2014, 17h


Na tarde desta terça (22), os servidores foram até a Secretaria Municipal de Saúde, para uma reunião da Mesa de Negociação do SUS de Natal, para exigir o fim dos descontos em seus salários e da pressão sobre os servidores. No entanto, ao chegar, o Sindsaúde e os servidores foram avisados de que a reunião havia sido desmarcada, sem sequer comunicação ao Sindsaúde. A única dirigente da SMS que estava presente, a Professora Valda, confirmou que o Sindsaúde não foi comunicado do adiamento da reunião

A suspensão da reunião mostra a falta de diálogo por parte da SMS, que adotou uma postura de criminalização da greve. Na reunião do dia 7 de julho, que acabou discutindo a reposição dos dias parados no período da greve, o Sindsaúde foi comunicado no mesmo dia, por e-mail. Mesmo sem a presença do Sindsaúde, o secretário Cipriano fez um acordo com os demais sindicatos (inclusive os que já não estavam em greve) pela reposição dos dias parados.

Nesta terça, o Sindsaúde cobrou uma audiência com urgência com o secretário, para discutir os descontos e a reposição, bem como a coação que muitos diretores de unidade estão fazendo. Os servidores estão sendo pressionados pelas direções para assinar um termo de responsabilidade, concordando em repor os dias de greve.

O Sindsaúde não concorda com esse acordo e acha que é uma forma de intimidar e impedir que os servidores tenham direito de fazer greve. “Pedimos uma audiência, mas não iremos para as nossas casas e esperar a boa vontade da Secretaria convocar, estaremos todos os dias na SMS para cobrar. Os servidores tiveram seus salários cortados, mas não nos calarão. A orientação do sindicato é a mesma: não assinem!”, afirma Célia.