Fernanda Soares
Fernanda Soares

05/11/2013, 14h


Na quinta-feira passada, primeiro de outubro, os servidores da saúde de Natal deram continuidade ao calendário de lutas da greve e realizaram um ato público em frente à Unidade Básica de Saúde de Mãe Luiza. A categoria protestou contra o fechamento da unidade e também cobrou melhores condições de trabalho e pelo fim do assédio moral contra aqueles que lutam por seus direitos.

No local, Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde-RN, iniciou o ato denunciando o estado de calamidade da saúde de Natal. "Infelizmente, o governo de Carlos Eduardo já baixou dois decretos de calamidade pública para 'facilitar' a compra de medicamentos, a compra de insumos básicos, e não vem respondendo a essas questões básicas que é ter seringa na unidade, medicação, luva, máscara, coisas simples no cotidiano das unidades de saúde que não vêm sendo garantidas. O prefeito já está disponibilizando recursos para enfeitar a cidade para de fim de ano, mas a saúde pública continua nesta calamidade. Isso é a política do pão e circo!", alega Simone. 

A sindicalista também motivou os grevistas e chamou-os pra luta: "Nós, trabalhadores, estamos mais uma vez no nosso direito de lutar por salários, sim, mas também aproveitar a greve para denunciar a falta de condições de trabalho e exigir respeito tanto do servidor quanto da população".

Os servidores também denunciaram a falta de profissionais e de medicamentos da unidade. "Deveríamos ter 8 enfermeiros e só temos 3. Só temos 13 técnicos de enfermagem e essa escala é para o mês todo", diz Zé Ramos, Agente de saúde de Endemias.

No fim do ato, Andréa Alexandre, diretora do Sindsaúde-RN, falou que o sindicato sabe da importância que a unidade tem no bairro e não permitirá que ela seja fechada. Ela denunciou a gestão atual e criticou a atitude do prefeito no ato unificado de quarta-feira, 30. "Então é esse o comportamento de um prefeito para com o servidor? Ele avança com agressividade sobre os trabalhadores que estão na rua reivindicando por direitos, por melhorias e isso não é papel de gestor para fazer qualquer tipo de enfrentamento, principalmente com trabalhadores que o ajudaram a se eleger", diz. Após denúncias, ela motivou os grevistas a irem à luta com palavras de ordem.