Fernanda Soares
Fernanda Soares

09/04/2014, 17h


Na tarde desta quarta-feira (9), os servidores municipais da saúde de Natal realizaram uma assembleia e aprovaram por unanimidade a greve da categoria, que começará na próxima terça-feira, 15 de abril, com uma assembleia campal às 9h, em frente ao Sindsaúde-RN.

A greve é a resposta dos servidores diante da proposta de apenas 2% de reajuste salarial feita pela prefeitura na semana passada. A proposta, que inclusive está longe de cobrir a inflação, foi considerada uma afronta pelos servidores, que reivindicam um reajuste de 18,34% no salário-base, correspondente às perdas salariais dos últimos 4 anos (14,07%), mais um ganho real de 4,27%.

A categoria também está lutando, entre outros pontos, pela implementação e revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), pela reposição das perdas nas gratificações (sem dedução na VICT), pela implantação do quinquênio dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias, pela revogação da Portaria 020 (que trata da jornada e dos plantões), por concurso público e pela garantia de segurança nas unidades de saúde.

Entretanto, além de só oferecer 2% de reajuste à categoria, a prefeitura ignorou essas outras reivindicações e ainda quer mudar a lei para acabar com o internível. Ao mesmo tempo que o prefeito Carlos Eduardo nos trata com descaso e reduz gastos com a saúde, quer reajustar os cargos comissionados em até 166% e gasta milhões com as obras da Copa, decoração da cidade e a FanFest.

Por isso, a greve é a única saída dos servidores, que na assembleia de hoje também aprovaram uma carta aberta à população, informando os motivos da greve.