Fernanda Soares
Fernanda Soares

26/06/2013, 14h


Na manhã desta quarta, 26 de junho, cerca de 60 pessoas fizeram um protesto na frente do Hospital Estadual Giselda Trigueiro, exigindo condições de trabalho e atendimento à população. “Só tem esparadrapo e seringas até o final de semana. A situação do Pronto-Socorro e da Nutrição é muito precária, o aparelho de raio-x está quebrado, porque vinha sendo usado sem o ar-condicionado, e nesta semana, uma ambulância quebrou”, denuncia Marcelo Guedes, diretor do Sindsaúde e funcionário do hospital.

Com faixas e adesivos pelo Fora Rosalba, servidores, médicos e estudantes de medicina se revezaram ao microfone, denunciando as péssimas condições do hospital. “O povo todo está indo para às ruas. Temos de protestar contra esses governantes”, disse uma estudante de medicina, que terminava o seu horário no hospital e parou para participar do ato.

“O governo está ameaçando reduzir o atendimento, aqui no Giselda, no Santa Catarina e em vários hospitais. O governo estadual diz que é responsabilidade da prefeitura e deu um prazo de 90 dias. A maternidade Januário Cicco também reduziu o atendimento. A população vai ficar como? Se já está ruim, vai ficar pior. Vai faltar chão”, denunciou Rosália Fernandes. “É um absurdo os governos gastarem tanto com a Copa e a saúde permanecer nesse caos”, afirmou.

GALERIA DE FOTOS: Veja as imagens do ato


O ato é o primeiro de uma série convocados pelo Sindsaúde, com o lema #vemprarua em defesa da saúde pública. “A sociedade está indo às ruas e protestando. Isso é muito importante. Mas não é só por passagem, é por direitos, é pela saúde”, afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde.

O próximo ato ocorre nesta quinta, às 09h30, no Hospital Santa Catarina, e é parte do Dia Nacional de Lutas e Paralisações, convocado pela CSP-Conlutas e outras entidades. Na sexta, 28, os servidores da saúde participarão do ato convocado pelo Movimento revolta do Busão, com concentração às 15h, na Praça Cívica.