Fernanda Soares
Fernanda Soares

16/08/2013, 21h


Na manhã desta sexta-feira (5), os servidores em greve da saúde do estado realizaram uma caminhada pelas ruas de Natal, num ato unificado junto aos servidores da educação, que no último dia 12 também entraram em greve. A caminhada foi bem recebida pela população, que demonstrou apoio aos grevistas durante o percurso.

A manifestação contou também com o Sindicato dos Servidores da Administração Indireta (Sinai), a CSP-Conlutas, a CUT, estudantes do movimento Revolta do Busão, Anel e MPL e integrantes do Movimento de Luta dos Bairros (MLB).

Logo cedo, a categoria se concentrou na entrada do Hospital Walfredo Gurgel, gritando palavras de ordem e conversando com a imprensa. Depois, os trabalhadores seguiram pela avenida Salgado Filho, em direção à sede da administração estadual, onde exigiram uma audiência com a governadora Rosalba Ciarlini.

A boneca da governadora, um dos símbolos da greve, foi impedida de entrar no terreno e a segurança do local fez um cordão de isolamento em frente à rampa de acesso ao prédio da Governadoria, mantendo os servidores afastados e sob o sol quente.

Uma comissão com nomes do Sindsaúde-RN e do Sinte-RN chegou a ser tirada para entrar no prédio, mas após algum tempo os servidores receberam a notícia de que não havia ninguém com quem pudessem negociar. O que os trabalhadores conseguiram foi apenas a promessa de, na próxima segunda (19), marcar uma audiência com o Secretário de Administração e de Recursos Humanos, Antônio Alber Nóbrega.

Após a negativa do governo, Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde-RN, afirmou que o caminho é a unificação das lutas: “os trabalhadores precisam se unir, precisamos lutar em conjunto, unir as categorias. Só assim iremos ser ouvidos”.

Simone convidou os servidores da saúde para a próxima assembleia da saúde, que acontecerá também na segunda-feira (19), às 9h, na ASSEN (Associação dos Subtenente e Sargento do Exército em Natal). Ela ainda afirmou que a greve prossegue: “continuamos firmes e fortes. O povo está nas ruas e nossa greve está organizada”.