Os servidores da saúde do município de Natal entraram em greve nesta terça-feira (15). A categoria realizou uma assembleia na sede do Sindsaúde-RN e depois saiu em caminhada até a prefeitura junto aos servidores da educação de Natal, que também estão em greve, desde o último dia 3.

Na sede do governo municipal, uma comissão formada por representantes do Sindsaúde, Sinte, Sindas e Sinsenat foi recebida pelo prefeito Carlos Eduardo, que mais uma vez se apoiou na Lei de Responsabilidade Fiscal e reafirmou que o município estaria fora da lei se concedesse aos servidores o reajuste de 18,34% reivindicado pela categoria. Segundo o prefeito, o município já atingiu 48,9% do limite prudencial, que é de 51%.

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Carlos Eduardo manteve a proposta de 2% de reajuste, que foi considerada insuficiente pelos servidores. Eles ainda questionaram o prefeito sobre os reajustes para os cargos comissionados. “É um discurso controverso. O prefeito afirma que está no limite prudencial e que não pode oferecer mais nada aos servidores, mas está se articulando para dar até 166% de reajuste para cargos comissionados. Isso é muito injusto com os servidores”, afirmou Célia Dantas, diretora do Sindsaúde-RN.

Entretanto, uma nova mesa de negociação ficou marcada para a próxima terça-feira (22), na Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla), quando os servidores tentarão um novo diálogo com o governo, a espera de uma proposta satisfatória. Até lá, a greve continua e será fortalecida nos próximos dias, com mobilizações e piquetes nas unidades básicas e de atendimento 24 horas, como a Maternidade das Quintas, o Hospital dos Pescadores, o Sandra Celeste e o SAMU. Na quarta-feira (23), às 09h, os servidores se reúnem em assembleia geral, no Sindsaúde.


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