Fernanda Soares
Fernanda Soares

28/03/2014, 13h


Na manhã desta sexta-feira (28), os servidores municipais da saúde de Natal promoveram um ato público em frente ao Nordestão do Conj. Santa Catarina, na Zona Norte, para denunciar à população o atraso na entrega da reforma da Maternidade Leide Morais, exigir a reconstrução da UBS de Bela Vista e expor os problemas que a saúde pública da Zona Norte enfrenta todos os dias.

Desde que a reforma da Maternidade Leide Morais foi iniciada, em 2013, o prazo para entrega da maternidade era outubro do ano passado. A partir de então, os prazos foram sendo estendidos e agora, fim de março de 2014, a entrega ainda não foi feita. Enquanto isso, os servidores da maternidade encaram as transferências abusivas para outras unidades de saúde e a população da Zona Norte sofre sem serviço disponível.

Já a Unidade de Saúde Básica de Bela Vista atendia cerca de 20 mil usuários, a maioria sem a mínima condição de pagar por um plano de saúde ou atendimento particular. No início deste ano, a unidade – que estava fechada e com a estrutura física do prédio comprometida – foi demolido para a reconstrução de um novo prédio. Meses depois, as obras pouco avançaram.

A diretora do Sindsaúde-RN, Célia Dantas criticou a falta de investimentos em saúde: “Enquanto a prefeitura de Natal reduz o Orçamento da saúde, os investimentos para a Copa se intensificam. Falta dinheiro para a saúde, mas não falta para a Copa! São R$ 30 bilhões investidos em um evento que definitivamente não será dos trabalhadores! Isso acontece em todo o Brasil, o governo Dilma inclusive diminuiu as verbas para os municípios! A população precisa ficar atenta a isso”, denunciou para a população.

Já Andréia Alexandre, também diretora do Sindsaúde-RN, lembrou as dificuldades pelas quais passam as pessoas que necessitam dos serviços de saúde pública: “Quem precisa desses serviços hoje precisa fazer uma verdadeira peregrinação para conseguir exames de média e alta complexidade. Às vezes as pessoas chegam a levar meses, indo d eum lugar a outro, até conseguir um exame. O problema é que até lá, pode ser tarde demais e os governos não vêm isso como uma prioridade!”, relatou, indignada.

O ato contou com o apoio de pessoas que passavam pelo local, parabenizando os servidores pela luta!