Fernanda Soares
Fernanda Soares

28/08/2013, 13h


Os servidores da saúde do Rio Grande do Norte, em greve desde o dia 1º de agosto, permanecem acampados em frente à residência oficial da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), no bairro Morro Branco, em Natal. A ocupação teve início no dia 21, após uma passeata unificada. Além dos servidores da saúde, também estão em greve os professores, os policiais civis, delegados, e servidores do ITEP.

O local tem sido um ponto de concentração para a greve da saúde e de outras categorias. "Convidamos toda a população para participar desta ocupação. Ninguém aguenta mais esse governo e tantas mortes na saúde", afirmou Simone Dutra, do Sindsaúde-RN.

No local, eles instalaram barracas, tendas, banheiros químicos, um espaço de leitura e um bazar. Durante o dia, a tenda principal serve de palco para debates e assembleias. As refeições também têm sido feitas no local. No domingo, 25, eles fizeram um almoço coletivo, com familiares e moradores da rua da governadora.

Na noite desta quarta-feira, eles comemoram inaugurando o "cinema na ocupação", com a exibição do filme Sicko - SOS Saúde, do documentarista norte-americano Michael Moore.

A governadora ainda não recebeu os servidores. No dia da ocupação, ela deixou a residência pela porta dos fundos, sob escolta policial, e não há informações se ela está na residência ou em seu apartamento, no bairro Areia Preta. Na terça-feira, os servidores souberam que a governadora participaria de uma solenidade na CAERN e foram até o local. O evento foi cancelado.

A residência oficial da governadora fica na rua ministro Raimundo de Brito, 1891, no bairro Morro Branco, um dos mais nobres da capital. A mansão possui piscina aquecida, quadra de esportes, três suítes e três salas e foi utilizada como residência nos dois últimos governos. Em janeiro de 2011, o aluguel custava R$ 12,3 mil, mas não há informações sobre o custo atual. Há um ano, a imprensa do Rio Grande do Norte divulgou que a governadora estava insatisfeita com a residência, “com o cheiro de mofo”, e estudaria a mudança para uma mansão em um bairro afastado, que seria alugada por R$ 30 mil mensais. Na época, o governo negou a informação.


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