Fernanda Soares
Fernanda Soares

14/05/2014, 10h


Os servidores da saúde de Natal reúniram-se nesta quarta, às 09h30, no auditório do Sindsaúde-RN, para avaliar a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) sobre a greve de Natal. Nesta terça-feira (13), o Sindsaúde foi notificado da decisão do desembargador Cláudio Santos sobre a ação civil originária 2014008251-7, ajuizada pelo Município de Natal.

Na ação, a Procuradoria do Município pediu ao TJ que declarasse a ilegalidade da greve da saúde, com multa de R$ 50 mil aos sindicatos (Sindsaúde e Soern). Além disso, também solicitava o desconto dos dias parados dos servidores grevistas. A maioria dos pedidos do Município foi negada. O desembargador Claudio Santos não reconheceu a ilegalidade da greve e nem a multa solicitada. O desembargador determinou que o Sindsaúde mantenha 50% dos servidores trabalhando em cada unidade de saúde, sob pena de multa de R$ 5 mil. Além disso, também não autorizou desconto das faltas dos grevistas.

“A decisão não foi exatamente o que queríamos, até porque o índice é maior do que os 30% habitual. Vamos recorrer, mas o principal foi que a Prefeitura não conseguiu tornar a nossa greve ilegal e nem as punições que pediu”, afirmou Célia Dantas, do Sindsaúde-RN. Para o Sindsaúde, a decisão do TJ não traz grandes prejuízos à mobilização, pois a adesão, em média, está em torno de 50% dos servidores por unidade. “Vamos manter a greve e aumentar a adesão nas unidades onde a greve não tenha alcançado este índice”, afirma Célia.

A assembleia aprovou a continuidade da greve e o calendário de luta. Ao final da assembleia, os servidores realizaram uma passeata até a Prefeitura, para buscar respostas da Prefeitura e denunciar a tentativa de ilegalidade da greve. Nesta quinta (15), os servidores irão participar de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores, convocada pela vereadora Amanda Gurgel (PSTU) e apoiada pelo encontro Na Copa Vai ter luta. À tarde, os municipalizados terão audiência na Sesap.
Na sexta, uma marcha, às 09h, saindo do Sindsaúde, exigirá segurança nas unidades.