Fernanda Soares
Fernanda Soares

04/11/2025, 14h


Na manhã desta terça-feira (04), servidores e servidoras da saúde de Natal se uniram aos usuários do CAPS Oeste em um ato público em frente à Prefeitura para denunciar o caos instalado na saúde pública do município, especialmente na área da saúde mental, que vive uma situação de completo abandono.

Segundo os próprios usuários, o CAPS Oeste está há um ano sem psiquiatra, deixando dezenas de pessoas sem acompanhamento médico adequado. Além da ausência de profissionais, faltam itens básicos como copos descartáveis e bebedouro, além de medicamentos essenciais, como o Clonazepam. “A gente tá aqui pedindo ao prefeito que se comova com esse povo que tá aqui. A saúde mental mata”, desabafou uma usuária do CAPS durante o protesto, emocionando quem acompanhava a mobilização.

O ato também serviu como espaço de organização da luta. Em assembleia, os servidores aprovaram um calendário de mobilização para pressionar o prefeito Paulinho Freire (União Brasil) a atender a pauta de reivindicações da categoria e retomar a mesa de negociação com os sindicatos.

A agenda de mobilização ficou definida da seguinte forma:

11 de novembro: ato em frente à SEMAD, onde acontecerá uma audiência com o secretário de Administração, Breno Queiroga;
18 de novembro: ato público em frente ao Tribunal de Justiça;
25 de novembro: mobilização em frente à Câmara Municipal de Natal.

Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os servidores reafirmaram que não vão aceitar o descaso da gestão municipal e seguirão nas ruas em defesa de uma saúde pública digna para trabalhadores e população.