Fernanda Soares
Fernanda Soares

06/08/2013, 17h


Os servidores estaduais da saúde de São Paulo do Potengi paralisaram hoje (6) as atividades do Hospital Regional do município. Apenas casos de urgência e emergência continuam sendo atendidos. A decisão foi tomada ontem (5) após uma assembleia dos trabalhadores.

A categoria reivindica melhores condições de trabalho e denuncia a falta de medicamentos, equipamentos para cirurgias e monitorização de pacientes e de materiais básicos, como luvas cirúrgicas, lençóis, seringas e algodão. Na pauta, também está a luta pela valorização salarial e por direitos trabalhistas.

“Existe o desejo de atender bem a população, mas não há condições adequadas para que isso aconteça”, afirma Ricielle Cardoso, um dos servidores que está organizando a greve. Ele ainda conta que o hospital passou quase 1 ano com o aparelho de Raio-X quebrado e mais de 3 meses sem ambulância. “A gente vivia pegando ambulância emprestada dos municípios vizinhos. Pelo menos a nova ambulância chegou na sexta passada e a máquina de Raio-X foi consertada”.

Segundo Graça Oliveira, do Sindsaúde-RN, mesmo com a participação da prefeitura, o funcionamento do hospital continua precário há meses. “A população está ciente das nossas necessidades e está apoiando a greve. A procura por atendimento no hospital caiu 70% hoje”, acrescenta Graça.

Desde ontem, os grevistas orientam a população a procurar o hospital apenas para casos de urgência e emergência. Para troca de curativos, resfriados e demais serviços ambulatoriais, os usuários devem se dirigir aos postos de saúde municipais.

Durante esta semana, os grevistas estão apenas conversando com os plantonistas e mobilizando a categoria, mas eles pretendem realizar atos simbólicos a partir da semana que vem, como o abraço coletivo em torno do hospital. Os servidores também estão acompanhando de perto os acontecimentos da greve na Grande Natal.