Fernanda Soares
Fernanda Soares

10/04/2014, 12h


Na manhã desta quinta-feira (10), os servidores municipais da saúde de São Gonçalo do Amarante realizaram uma assembleia para formar a comissão eleitoral para a eleição da núcleo do Sindsaúde-RN de São Gonçalo. Eles também discutiram como será a atuação dos servidores na audiência pública convocada pela Câmara Municipal para o dia 16 de abril, que abordará o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) de todos os servidores municipais. Além dessas questões, os servidores também apontaram para outros problemas vividos nas unidades de saúde, como a falta de condições de trabalho e o assédio moral.

A assembleia aprovou três nomes para a comissão eleitoral. Dois deles, José Jairan e Cristiane Nunes, fazem parte da direção do Sinte-RN núcleo de São Gonçalo, já que o estatuto do Sindsaúde-RN permite que dirigentes de outros sindicatos componham a comissão eleitoral da entidade. O terceiro membro da comissão será Edmar Teixeira, Agente Comunitário de Saúde de São Gonçalo.

O edital de convocação da eleição será publicado amanhã (11) n’O Jornal de Hoje e os interessados terão até o dia 10 de maio para inscrever suas chapas. A eleição acontecerá nos dias 10 e 11 de junho, com uma urna fixa na sede do Sindsaúde-RN de São Gonçalo (Centro) e outras urnas itinerantes, que percorrerão as unidades de saúde do município.

Sobre a audiência pública do dia 16, os servidores aprovaram uma grande caminhada até a prefeitura após o encontro com os vereadores, em união com outras categorias, para cobrar do governo municipal a implantação do PCCS dos servidores. Na Câmara, os servidores pedirão o apoio dos vereadores. A audiência acontece às 9h e o sindicato convida todos os servidores municipais de São Gonçalo a participar.

Os servidores ainda se queixaram da falta de condições de trabalho e do assédio moral vivido diariamente nas unidades. As investidas das direções e da Secretaria Municipal de Saúde amedrontam os trabalhadores e os colocam em posição de vulnerabilidade. A diretora do Sindsaúde-RN, Fátima Silva, afirma que “tem gente trabalhando por 5 profissionais, com medo de a qualquer momento serem remanejadas sem nenhum aviso”. Outra servidora reclama das constantes “cotas” que os trabalhadores precisam fazer nas unidades até para comprar água. “Não nos dão condições de trabalho e até água para beber precisamos comprar do nosso dinheiro, assim como gás e utensílios de cozinha. Isso não é papel nosso”, reclamou.

O Sindsaúde-RN núcleo de São Gonçalo orienta os servidores a não se deixar intimidar por ameaças e a não se tornarem coniventes com essas práticas dentro das unidades. A denúncia e o fortalecimento na luta dos trabalhadores são os melhores caminhos.