“Saúde é um direito! Não um negócio.” Esse foi o lema que norteou as atividades da saúde de Natal nesta quinta-feira (28), reunindo trabalhadores da saúde em frente à Câmara Municipal para reforçar o posicionamento da categoria contra a privatização das UPAs da capital potiguar. Pela manhã, os servidores realizaram um ato público denunciando à população a situação precária vivenciada dentro dos serviços de saúde, desde a atenção básica até as Unidades de Pronto Atendimento.
Por meio de faixas, cartazes e carro de som, os profissionais destacaram os principais problemas enfrentados na saúde municipal. Na ocasião, foi reforçado o aprofundamento do desmonte e da precarização das unidades de saúde ao longo dos anos, sobretudo na gestão do Ex-prefeito Álvaro Dias e agora do seu sucessor, o prefeito Paulinho Freire (União Brasil). Os trabalhadores denunciaram a falta de insumos, medicamentos, infraestrutura e RH e mencionaram a sobrecarga de trabalho dos profissionais, a defasagem salarial e a negação de direitos básicos, como o pagamento de adicionais e gratificações.
À tarde, foi realizado uma Audiência Pública na Câmara Municipal intitulada “A situação da saúde de Natal”, na qual o Sindsaúde/RN, por meio da diretora Rosália Fernandes, destacou os prejuízos que a população natalense pode enfrentar caso as Organizações Sociais de Saúde assumam a gerência das UPAs em Natal.
“Saúde não é mercadoria! O SUS salva vidas, salvou na pandemia e continua salvando diariamente, mesmo com às péssimas condições”, afirmou Rosália Fernandes durante sua fala no plenário. Ainda durante a sessão, o diretor do sindicato, Henrique Eduardo, que também é servidor da saúde de Natal, reforçou o papel crucial dos servidores na fiscalização dos serviços “os terceirizados não denunciam por medo, quem cumpre esse papel são os servidores da saúde que estão dentro das unidades e sabem da realidade”, desabafa o sindicalista. Por mais investimentos na saúde pública, condições de trabalho, dignidade, concurso público e não à privatização com à s OS’s.
