Thalia Varela
Thalia Varela

18/11/2025, 14h


Na manhã desta terça-feira (18), os servidores da saúde de Natal realizaram um ato em frente ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, em protesto a decisão que impede os profissionais de realizarem paralisações e greve desde junho deste ano. Com faixas e cartazes que denunciam a falta de negociação por parte da gestão do prefeito Paulinho Freire, os profissionais ocuparam a escadaria do órgão público fazendo gestos que também remetiam ao silenciamento da justiça perante às reivindicações da categoria. 

Na ocasião, os trabalhadores montaram uma comissão na tentativa de conversar com o desembargador Cornélio Alves, que proferiu a decisão, mas infelizmente o mesmo não se encontrava no local para atender a categoria. Os servidores tinham como objetivo pedir celeridade nos trâmites processuais para que a liminar seja derrubada o quanto antes, visto que até o momento, a Prefeitura do Natal não cumpriu com o que foi argumentado na decisão, que era apresentar uma proposta plausível de recomposição para os profissionais. 

PRA ENTENDER: 

A decisão atendeu a um pedido da Prefeitura do Natal, que ingressou com mandado de segurança cível apontando que a greve comprometia serviços essenciais. Ainda segundo a decisão, a greve foi considerada abrupta e sem esgotamento prévio das tentativas de negociação por meio da Mesa Municipal de Negociação Permanente do SUS. O município alega que já havia proposto a reabertura do diálogo com prazo de até 60 dias para debater as reivindicações, além de apresentar um reajuste geral de 5,47% a ser pago em junho. A Justiça entendeu que os sindicatos não aguardaram resposta à proposta da Prefeitura antes de deflagrar o movimento.

Porém, mais de 5 meses após a liminar, a gestão de Paulinho Freire segue empurrando a pauta dos trabalhadores da saúde de Natal com a barriga, adiando e cancelando reuniões com os sindicatos e sem apresentar nenhuma proposta que atenda os pontos exigidos pela categoria.