Fernanda Soares
Fernanda Soares

21/10/2025, 12h


Desde o dia 15 de outubro os servidores da saúde da Maternidade Monsenhor Antônio Barros, em São José de Mipibu, estão sem refeição devido à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da JMT, empresa terceirizada responsável pela alimentação na unidade. A greve dos terceirizados da saúde ocorre por falta de pagamento por parte da empresa, que, segundo informações, não recebeu os repasses do Governo do Estado. 

Essa situação tem se repetido com frequência, prejudicando diretamente os trabalhadores (as) da saúde, que precisam continuar exercendo suas atividades e, muitas vezes, não têm condições financeiras para arcar com alimentação por conta própria. “Todo mês é a mesma coisa. Já virou rotina! Se pra gente é difícil trabalhar com fome, imagina para os trabalhadores terceirizados que estão trabalhando sem receber seus salários. São pais e mães de família que precisam pagar suas contas e colocar comida na mesa”, denuncia Edite de Oliveira, diretora do sindicato. 

Infelizmente, este problema se repete sem que o Governo do Estado ou a Sesap apresentem uma solução definitiva. Para nós do Sindsaúde/RN, a situação reflete os efeitos da terceirização no Estado, que resulta em precarização dos serviços e nos profissionais, que cumprem plantões sem alimentação adequada. 

O Sindsaúde/RN, portanto, exige da governadora Fátima Bezerra (PT), uma solução imediata ou um protocolo padrão para todas as vezes que a situação se repetir, porque os trabalhadores (as) da saúde merecem respeito. É inadmissível que esses profissionais passem o plantão com fome. O governo precisa garantir condições dignas de trabalho e a alimentação é um direito básico e não pode ser negligenciado.