Fernanda Soares
Fernanda Soares

16/05/2025, 16h


Sem lençóis para trocar, os pacientes dos andares do Pronto Socorro Clovis Sarinho, no Hospital Walfredo Gurgel, estão correndo o risco de contaminação, uma vez que a roupa de cama fica sem trocar por vários dias. A situação foi denunciada nesta sexta-feira (16) por pacientes e funcionários da unidade.

 

Segundo a diretora do Sindsaúde/RN, Lúcia Silva, esse problema de falta de lençol é crônico e se agravou nos últimos dias. Diante da situação, os acompanhantes estão levando roupa de cama de casa ou comprando lençóis novos para que seus familiares não fiquem em leito sujo ou com frio durante a madrugada. 

 

“É lamentável o que os usuários e a população que necessitam de um leito tenham que passar por esse constrangimento.  É muita falta de respeito o que o governo Fátima Bezerra (PT) e a Secretaria de Saúde vêm fazendo com a saúde pública do nosso estado. Você chegar doente no hospital em um ambiente que já é insalubre, sofrendo várias pressões psicológicas e ainda ter que ficar em cama sem lençol ou muitas vezes com o lençol molhado ou sujo de secreção porque não tem no hospital", denunciou Lúcia Silva.

 

Essa falta de lençóis e insumos é uma realidade não só no Walfredo Gurgel, mas em outros hospitais como o Santa Catarina, Giselda Trigueiro e João Machado. Segundo relatos de servidores, falta álcool, lençóis e medicações básicas no Giselda Trigueiro. No João Machado faltam lençóis e roupa para pacientes, Já no Santa Catarina, além de faltar lençóis, recebemos uma lista de medicamentos e insumos que estão em falta: Seringa 10cc; Tilatyl injetável; produto de limpeza dos LAPs cirúrgico, álcool 70 antibiótico como Tazocin, alguns tamanhos de luvas, scalp e jaleco e fraldas descartáveis. 

 

Falta de alimentação

Além disso, a direção do Hospital enviou um comunicado nos grupos informando que a partir desta sexta-feira (16) não haverá refeição para os servidores que dão plantões de 12h e 24h, devido à greve dos terceirizados da JMT na nutrição. A alimentação será garantida apenas para os pacientes e acompanhantes da pediatria.

 

Para nós do Sindsaúde/RN, a responsabilidade desse caos generalizado nos hospitais é do governo Fátima e da secretaria de Saúde que vêm se prolongando sem uma resposta eficaz a esse descaso, revelando uma negligência com a saúde pública, com os servidores e com a população. “Enquanto isso, é a população quem mais sofre, enfrentando um sistema de saúde em colapso, onde a falta de insumos e medicamentos básicos comprometem a dignidade e o direito à saúde”, enfatizou Lúcia.