Fernanda Soares
Fernanda Soares

16/09/2014, 17h


No dia 11 de setembro, profissionais de psicologia, serviço social e nutricionistas que prestam atendimento no Hospital João Machado (HJM) se reuniram para discutir o fechamento do pronto socorro da unidade, devido à reforma psiquiátrica do programa de saúde mental do SUS.

Segundo as novas regras, cabe aos municípios a responsabilidade pelo atendimento dos centros de saúde mental, que devem dar o suporte necessário para que o funcionamento seja feito de acordo com as recomendações do programa. Como o João Machado é uma unidade estadual, o atendimento do pronto socorro será transferido para o Centro de Atenção Psicossocial e AD (CAPs), que fazem parte da rede municipal de Natal.

No entanto, apenas três CAPs em Natal oferecem atendimento semelhante ao do pronto socorro, mas mesmo assim não possuem estrutura suficiente para comportar o número de atendimentos necessários. Com 120 leitos, o HJM atende uma média de 60 pacientes/dia e um CAPs tem limite máximo de 45 pacientes/dia, em regime intensivo. Os serviços oferecidos também se diferenciam dos que o hospital oferece aos usuários.

"O grande problema é que os centros de atenção psicossocial não são abertos com o mesmo suporte do pronto socorro que será fechado. Dessa maneira, os usuários ficarão desassistidos", explicou Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde-RN.

No dia 30, em Parnamirim, será realizado o Fórum sobre Saúde Mental em que se discutirá as novas diretrizes da política de saúde mental e a luta antimanicomial.