Fernanda Soares
Fernanda Soares

23/11/2022, 11h


O Sindsaúde/RN vem a público, mais uma vez, repudiar a atitude antissindical por parte do Enfermeiro Raniery, Coordenador chefe do setor de enfermagem do SAMU Metropolitano, e Wilma Dantas, coordenadora do Samu Metropolitano. Assim como aconteceu durante a paralisação nacional em prol da implantação do piso salarial da categoria, dia 21 de setembro, esses dois gestores novamente assediaram os trabalhadores que aderiram à nova Paralisação da categoria, realizada nesta quarta-feira (23), ameaçando puni-los com faltas por abandono de plantão e retirando deles os plantões eventuais. 
 
Em um dos áudios, recebidos pelos trabalhadores (as) ameaçados (as), Wilma Dantas chega a enfatizar um "e não só isso" quando um dos colegas exige o retorno deles ao local de trabalho e adianta que, caso contrário, os (as) trabalhadores (as) iriam ficar com faltas. Não podemos deixar de enfatizar que a nova paralisação dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde estadual é de suma importância, uma vez que contempla pautas de total interesse da categoria como: Piso Nacional da Enfermagem, mudança de nível 2021 e 2022, os lotes de qualificação e a questão das progressões de nível.
 
O Sindsaúde/RN considera a postura,  de ambos os gestores, lamentável e inaceitável, pois fere os direitos constitucionais dos trabalhadores de associação sindical, greve e de reunião (Art. 5º, XVI c/c 8º c/c 9º, da CF) e, além de atentar contra decisão soberana da categoria tomada após realização de assembleia específica, no dia 4 de novembro, que aprovou a adesão à Paralisação, pode se caracterizar como uma forma de assédio moral coletivo. Vale destacar que a realização da paralisação foi devidamente comunicada, por ofício (Nº833/22, de 10 de novembro de 2022), à Coordenação Geral do Samu Metropolitano, sendo assim, é totalmente injustificada a atitude dos profissionais. 
 
Lutar contra a intransigência dos governos nas ruas, muitas vezes, é a única ferramenta que os trabalhadores e trabalhadoras têm para conquistar seus direitos. O Sindsaúde/RN, como uma entidade que repudia fortemente toda e qualquer forma de assédio moral, espera que, no mínimo, os coordenadores possam se retratar com os trabalhadores do SAMU Metropolitano e iremos garantir, por meios judiciais inclusive, que nenhuma falta ou processo administrativo sejam imputados a esses profissionais. Os profissionais do SAMU exigem respeito, que essa seja a última vez!