Fernanda Soares
Fernanda Soares

16/10/2013, 15h


Nesta terça-feira, 15, a Prefeitura de Natal enviou à Câmara dos Vereadores o veto ao Projeto de Lei 098/2013, de autoria da vereadora Amanda Gurgel (PSTU), com os vereadores Marcos Antonio e Sandro Pimentel (PSTU). A mensagem do veto foi enviada no dia seguinte ao início do acampamento dos estudantes, em frente à prefeitura, e ao ato conjunto com os servidores municipais em greve.

No mesmo dia em que recebeu o veto, os vereadores que compõem a Mesa Diretora da Câmara colocaram em pauta. A medida foi criticada por diversos vereadores, que afirmaram que isso não poderia ter sido feito e contraria o regimento interno da Casa. Eles prometem recorrer, pedindo o cancelamento da sessão.

Provocadores lotaram as galerias e, junto com assessores comissionados, provocaram os estudantes que conseguiram entrar nas galerias para protestar. Muitos estudantes foram impedidos de entrar na Câmara, mesmo com lugares vazios nas galerias.

A votação só teve início após às 18h. Seriam necessários 15 votos para derrubar o veto do prefeito, tornando o passe livre realidade para todos os estudantes. Mas, as quatro ausências e as seis abstenções impediram a derrubada do veto. No final, 10 vereadores votando pela derrubada do veto e nove pela manutenção. Mesmo assim, o número não foi suficiente.

Os estudantes protestaram das galerias e decidiram manter um acampamento do lado de fora da Câmara, até que a sessão fosse cancelada. Uma passeata foi convocada para a sexta-feira, no Via Direta, pelo passe livre. “O prefeito diz que vai enviar um projeto de passe livre a Câmara, mas que não contempla todos os estudantes”, vamos continuar nas ruas, promete Géssica Régis, da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL), que também divulgou os nomes dos que votaram com o prefeito.

O Sindsaúde acompanhou a votação e apóia o projeto do passe livre. “O passe livre é um primeiro passo para garantir o direito ao transporte. O projeto não é só para os estudantes, mas vai aliviar o orçamento de muitos servidores, que gastam parte do salário para pagar a passagem dos filhos”, defende a diretora Rosália Fernandes, que acompanhou a votação.