Infelizmente o caos vivido na Maternidade Araken, antigo Hospital Municipal de Natal, não tem fim. Pelo contrário, na manhã desta terça-feira (20), após o incidente envolvendo vazamento de oxigênio no local, o Sindsaúde/RN recebeu novas denúncias acerca do RH insuficiente para atender a demanda de novas internações infantis na unidade.
Na denúncia é explicitado o desespero da enfermagem, sobretudo dos técnicos (as), diante das 22 duas crianças internadas, sendo duas graves, para uma equipe de no máximo seis profissionais. “Com a retirada das puérperas e dos recém-nascidos do primeiro andar, a parte da pediatria da maternidade vai ter capacidade para 27 crianças, porém não existe RH suficiente de enfermagem para atender a alta demanda” afirma Érica Galvão, diretora do Sindsaúde/RN.
Ainda segundo as denúncias dos trabalhadores (as), o COREN está sendo contactado para averiguar a situação e a Rede de Urgência e Emergência ( RUE), por sua vez, não para de solicitar novas internações, até que o número total de leitos estejam todos ocupados. Érica alerta ainda para a possibilidade da chegada de novos pacientes infantis com demandas psiquiátricas, visto que estes exigem para o seu atendimento adequado, no mínimo, uma equipe multidisciplinar.
A maternidade, ainda por cima, está com o Raio-X principal quebrado, sendo necessário, portanto, o uso de um Raio-X portátil que funciona com uma gambiarra. Para torná-lo funcional, a equipe precisa montar e desmontar o equipamento várias vezes e as crianças, inclusive as acamadas, precisam se deslocar sem as mínimas condições para realizar exames.
Nós, do Sindsaúde/RN, exigimos que, uma vez que o prefeito Àlvaro Dias (Republicanos) optou por fechar o Hospital Pediátrico Nivaldo Júnior e sobrecarregar a já tão desestruturada Maternidade Araken, convoque massivamente e de forma emergencial os (as) profissionais de enfermagem do cadastro reserva de Natal para suprir essa alta demanda.