Na manhã desta sexta-feira (16), os servidores da saúde saíram em passeata até a Prefeitura de Natal, exigindo segurança nas unidades. Desde o início do ano, pelo menos cinco casos graves de invasão à mão armada já ocorreram nos locais de trabalho, assustando servidores e usuários.
Por conta da falta de segurança, algumas unidades estão fechadas, como é o caso da unidade de Vale Dourado, na Zona Norte. Assalto e invasões também ocorreram na unidade de Aparecida, em Mãe Luíza. Hoje (16), o Pronto-atendimento de Cidade Satélite também fechou as portas devido à falta de segurança. Esse é um dos principais pontos da pauta de reivindicações da greve, que já dura 31 dias.
Em audiência na quinta-feira (15), o Sindsaúde cobrou do governo uma solução para o problema, uma das reivindicações da greve. Novamente, o secretário de Saúde, Cipriano Maia, afirmou que o tema da segurança não é responsabilidade da Prefeitura. Durante o protesto de hoje, Cipriano cruzou a manifestação e entrou na prefeitura sem nem ao menos dirigir o olhar aos servidores. Antes, Cipriano teria dito a uma servidora que a categoria não deveria estar ali, mas sim nas unidades de saúde, trabalhando.
Em dezembro, o Ministério Público divulgou relatório com visitas a unidades de saúde de Natal, que revelava que 12,24% das unidades visitas haviam sofrido arrombamento ou furto. `É díficil achar uma unidade que já não tenha sido vítima de furto, principalmente durante à noite. Mas agora piorou. Os assaltos acontecem dentro da unidade, com arma na mão`, afirma Célia Dantas, do Sindsaúde-RN.
Minutos após a chegada dos servidores da saúde à prefeitura. Os servidores representados pelo Sinsenat e pelo Sindas também compareceram para cobrar uma resposta satisfatória do governo. Os demais servidores do funcionalismo público municipal também estão em greve há mais de um mês. Após breve passagem em frente à prefeitura, os servidores do plano geral seguiram em protesto pelas ruas do centro e os servidores da saúde seguiram com o ato na sede do executivo municipal.
