️O mesmo paciente que, na noite da última segunda-feira (30), agrediu uma técnica de enfermagem da UPA da Cidade Satélite, segue na unidade causando transtornos aos trabalhadores e trabalhadoras do local e demais pacientes. Segundo as novas denúncias, o jovem quebrou a janela do ISO B na sala Amarela e agrediu a própria mãe. Ao todo, foram precisos seis homens para contê-lo na última terça-feira (31).
Conforme denunciamos o paciente é um jovem de 19 anos que está acompanhado da mãe. Segundo as informações, sua mãe não conseguiu sua regulação para o hospital João Machado por não haver vagas disponíveis na ala masculina. A trabalhadora da nossa primeira denúncia, que teve sua identidade preservada, sofreu uma pancada no supercílio e chegou a perder os sentidos. Ao Sindsaúde/RN, ela disse que estava com a sobrancelha inchada, a costela dolorida e que tinha feito um B.O na madrugada da terça (31) e exame de corpo delito.
Nossa reivindicação, enquanto sindicato, diz respeito não só à negligência por parte da direção da unidade, mas também pela falta de segurança no geral. Não existe hoje uma atenção ao atendimento psiquiátrico com qualquer tipo de preparo, tanto na estrutura física, quanto aos profissionais para estarem recebendo esse tipo de serviço. O governo do Estado age na contramão, fechando leitos, como aconteceu no João Machado. A prefeitura de Natal, por sua vez, pôs fim no Hospital Municipal de Natal que supria de certa forma essa demanda, agora absorvida irregularmente pelas UPA’s da cidade.
O Sindicato realizou uma visita na tarde desta terça-feira (31) e já solicitou uma reunião com a direção da UPA. “Além de cobrar essa reunião, vamos organizar uma atividade nas UPA’s para exigir da prefeitura de Natal mais atenção e respeito. Vamos denunciar os inúmeros assédios que os trabalhadores da saúde estão sofrendo, a insegurança, a falta de estrutura e condições de trabalho. Chega de precarização, não aguentamos mais”, afirmou Érica Galvão, diretora do Sindsaúde/RN.