Fernanda Soares
Fernanda Soares

17/10/2012, 16h



O Sindsaúde foi recebido na manhã desta quarta-feira (17) pelos secretários de administração, Álber Nóbrega, e de planejamento, Obery Rodrigues que continuam alegando falta de recursos do governo do estado para cumprir alei do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores da saúde e implantar a mudança de nível da categoria. Apesar de negarem a implantação, eles pediram até a próxima terça-feira (23) para darem uma resposta definitiva.

Os servidores da saúde suspenderam a manifestação que estava prevista para esta quinta-feira (18) na governadoria, como forma de dar um crédito ao governo.

A mudança de nível, ou seja,um tipo de progressão horizontal que garante um reajuste de 3%no salário-base dos servidores da saúde por tempo de serviço mediante avaliação de desempenho é uma conquista do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração da categoria implantado em 2006. Segundo a lei, a cada dois anos os servidores são avaliados em assiduidade, desempenho e qualificação e caso aprovados recebem um reajuste de 3%.

A última avaliação ocorreu no final de 2011, e todo o processo burocrático que prevê recursos e outros questionamento foi finalizado em agosto de 2011. Como durante todo o mês de setembro o governo mostrou-se favorável a proposta do Sindsaúde de implantar o reajuste para os servidores de nível elementar e médio em outubro, nível superior em novembro e para os médicos em dezembro, as negociações seguiam na paz.

Na semana passada o secretário de Administração Álber Nóbrega informou que o reajuste não havia sido aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE) do estado. Na manhã desta terça-feira (16) em nova audiência ele reafirmou a posição do conselho e informou que o estado só teria dinheiro suficiente para pagar o 13º salário dos funcionários.

Ele foi rebatido pela diretora do Sindsaúde Sônia Godeiro que afirmou que a mudança de nível está prevista em lei e, portanto deve ser cumprida. Ela também avisou que os servidores não iriam ficar indiferentes a negativa do governo e que iriam iniciar as manifestações já na quinta-feira, mas por enquanto eles vão aguardar o novo posicionamento do governo para na próxima semana decidirem suas estratégias.