O ministro Luís Roberto Barroso suspendeu, no último dia 4, os efeitos da Lei n. 14.434/2022, que instituiu o Piso Salarial da Enfermagem. De acordo com a decisão cautelar, deve ser apresentado, no prazo de 60 dias, o estudo do impacto orçamentário para a implementação do Piso Salarial nos serviços de saúde, públicos e privados. Barroso argumenta que há "o risco de inviabilidade de implementação do Piso Salarial", além de questionar se haveria riscos de demissão nos hospitais e uma possível redução na qualidade dos serviços, como o fechamento de leitos.

Nós, do Sindsaúde/RN, assim como o Sistema Cofen e demais Conselhos Regionais de Enfermagem, defendemos que essa suspensão é, não só equivocada por não haver qualquer indício mínimo de risco para o sistema de saúde, como também um ataque a classe da enfermagem que tanto lutou pela erradicação dos salários historicamente defasados da categoria. A decisão contempla, exclusivamente,  os interesses e necessidades da classe empresarial, que mesmo lucrando tanto, não aceita remunerar de forma justa o maior contingente de profissionais de saúde do país (2.710.421 trabalhadores, segundo o Cofen).

Ainda não acabou! Lutaremos incansavelmente pela derrubada da liminar no STF, para que se faça valer a Lei n. 14.434/2022, na íntegra.  Exigimos uma condição digna de vida e de trabalho para a enfermagem brasileira. Chega de exploração. Não queremos aplausos, queremos reconhecimento!

Não caiam em FAKE NEWS:

Por falta de tempo hábil para realizar os processos legalmente, não estamos convocando paralisação ou greve. A única convocação que o Sindsaúde/RN está fazendo para enfermagem será para um ATO durante o movimento do grito dos excluídos. A mobilização será dia 07/09 com concentração às 9h na Praça das Flores. Não deixe de participar. Juntos somos mais fortes!