Fernanda Soares
Fernanda Soares

09/07/2013, 15h


Nesta quinta, 11 de julho, os hospitais e unidades do estado estarão paralisados. Em cada setor, apenas 30% dos servidores permanecerão para garantir o funcionamento mínimo, exigido por lei. O sindicato colocará ônibus, para trazer os trabalhadores até o Walfredo Gurgel, onde será feito um grande ato contra o caos na saúde pública.

A paralisação dos hospitais do estado foi decidida em assembleia geral, em 20 de junho, como uma advertência ao governo estadual. A pauta do governo foi entregue em 22 de maio, mas a primeira negociação só ocorreu 45 dias depois, apenas com o secretário de Saúde, sem a participação da Secretaria de Administração. “Recebemos o pior salário do SUS, trabalhamos sem condições e o governo trata os servidores com descaso. Na próxima assembleia vamos avaliar o indicativo de greve”, afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde.

Com a escolha do dia 11 como dia de greve e paralisações pela CSP-Conlutas e demais centrais sindicais, a paralisação têm ganhado mais força e se ampliado. Além dos hospitais estaduais, o Sindsaúde também está convocando a paralisação no município de Natal, inclusive para que todos participem do ato público. Os servidores estão há dois anos sem aumento e em campanha salarial desde abril.

Após o ato no Walfredo, os servidores sairão em uma coluna, usando coletes, para se unir à passeata das centrais, no cruzamento da Bernardo Vieira com a Salgado Filho. Além da pauta salarial e reivindicações das centrais, os servidores também protestam contra o ato médico, exigindo que Dilma vete o projeto.


As reivindicações do dia 11

PAUTA UNITÁRIA

Aprovada pela CUT, CTB, CSP-Conlutas, Força Sindical, UGT, NCST, CGTB e CSB

- Reduzir o preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos;
- Mais investimentos na saúde e educação pública;
- Fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias;
- Redução da jornada de trabalho;
- Fim dos leilões das reservas de petróleo;
- Contra o PL 4330, da terceirização;
- Reforma agrária

PAUTA ESPECÍFICA DA CSP-CONLUTAS
- Não pagamento da dívida externa e interna aos banqueiros e grandes especuladores.
- Fim das privatizações das empresas estatais e do serviço público; e reestatização do que já foi entregue ao setor privado.
- Chega de dinheiro para as empresas, queremos mais recursos para as aposentadorias, o serviço público e para a valorização do servidor público.
- Congelamento do preço dos alimentos e tarifas públicas e aumento geral dos salários.