Fernanda Soares
Fernanda Soares

02/10/2013, 13h


Como parte do calendário de mobilização contra a privatização do petróleo, nesta quinta-feira (3), entidades de todo país farão um dia nacional de luta com atos, passeatas e paralisação dos petroleiros. Os 17 sindicatos de petroleiros organizam uma grande mobilização unificada da categoria para exigir da Petrobrás uma proposta que atenda às demandas da pauta dos trabalhadores, que estão em campanha salarial, e também para pressionar o governo pelo cancelamento do leilão do Libra, que está marcado para o próximo dia 21.

Petroleiros de todo o país cruzarão os braços no dia do aniversário da empresa. Sindicatos da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão indicando greve de 24 horas. O Sindipetro-RJ realiza um showmício na praça XV. Em São Paulo, as centrais sindicais, associações e integrantes de movimentos sociais, que integram o Comitê Estadual de Defesa do Petróleo, realizarão, no dia 3/10, às 17h, uma manifestação contra o 1º Leilão do Pré-sal, na Av. Paulista, 901, em frente à sede da Petrobrás.

CONTRA O LEILÃO
A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas realizada neste final de semana no Rio de Janeiro aprovou com centro da atuação da Central para o próximo período a luta contra a privatização da Petrobrás. Todas as entidades ligadas à Central participarão das atividades organizadas pelos petroleiros. É necessário denunciarmos esse grande ataque que o governo Dilma vem promovendo com a entrega do pré-sal do nosso país para as mãos do capital privado nacional e internacional. Entregar as nossas riquezas para que as grandes corporações aumentem seus lucros.

Para sua reunião, a Central convidou para falar sobre o tema o dirigente do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, Emanuel Cancela. Entre outras questões, ele rebateu o discurso do governo de que a privatização da bacia de Libra, do pré-sal brasileiro, traria desenvolvimento ao país. “Foi a Petrobras quem construiu as plataformas e todo o processo na extração em águas profundas, nenhuma outra empresa fez isso. Assim, essas empresas não vão trazer desenvolvimento como diz o governo”.

Dia 17 petroleiros farão greve novamente!

A FNP informa que as primeiras negociações não avançaram e, por outro lado, Dilma insiste nos leilões do petróleo, a despeito, inclusive, da espionagem americana. Por isso, a próxima data para a luta da categoria já está marcada para o dia 17.