Fernanda Soares
Fernanda Soares

31/10/2022, 10h


Esta segunda-feira (31) é o prazo máximo que  os municípios do Rio Grande do Norte têm para alcançar a meta de 176.463 crianças, de seis meses a menores de cinco anos, vacinadas contra a poliomielite. Há uma semana, com apenas 37,62% das crianças menores de cinco anos vacinadas, Natal conquistou o título de pior desempenho do estado na campanha pela erradicação da paralisia infantil. 
 
A baixa procura acende o alerta para o risco de reintrodução de um vírus já erradicado no país. Por este motivo, a campanha foi prorrogada e a prefeitura de Natal, visando reverter o quadro, adotou estratégias de busca ativa, realizadas por agentes comunitários de saúde com apoio de vacinadores. O negacionismo e as fake news envolvendo efeitos colaterais de vacinas ganharam muita força durante a pandemia de Covid-19 e o resultado desastroso respingou na prevenção de outras doenças, como sarampo e poliomielite, que já haviam sido erradicadas no Brasil, mas voltaram a representar fortes ameaças.  
 
O prefeito Álvaro Dias (PSDB), apesar de médico, foi um dos gestores a promover desinformação, apoiar a distribuição de medicações sem eficácia comprovada e colaborar para a demonização das vacinas. A ameaça que ronda as crianças de potiguares, hoje, é reflexo do conjunto de atitudes criminosas e negacionistas da prefeitura de Natal. Por isso, o Sindsaúde/RN reforça: A poliomielite é uma doença grave que pode causar danos permanentes no organismo e, hoje (31)  é o último dia para garantir a proteção,  vacinando suas crianças. Vacinar é um ato de amor! 
 
  • Como funciona o esquema de vacinação contra a pólio?
 
1ª dose: aos 2 meses de vida com a VIP – injetável ;
2ª dose: aos 4 meses de vida com a VIP – injetável;
3ª dose: aos 6 meses de vida com a VIP – injetável;
1º reforço: entre os 15 e 18 meses, que pode ser por meio da vacina oral (VOP);
2º reforço: entre os 4 e 5 anos, que pode ser por meio da vacina oral (VOP).