O Sindsaúde realizou na manhã desta quarta-feira, 25 de julho, um Ato Público para denunciar a falta de estrutura da maternidade Leide Morais, na Zona Norte de Natal
Fernanda Soares
26/07/2012, 23h
O Sindsaúde realizou na manhã desta quarta-feira, 25 de julho, um Ato Público para denunciar a falta de estrutura da maternidade Leide Morais, na Zona Norte de Natal. Os problemas relatados pelos funcionários e que podem ser vistos nas imagens em anexo são graves e impedem o bom funcionamento da unidade.
Na copa/cozinha existem equipamentos quebrados, máquinas que deviam deixar a comida quente não funcionam e atraem insetos. Está havendo uma infestação de moscas e baratas no local devido a isso. Faltam facas, pias, profissionais e existem goteiras no teto sobre os fogões.
No restante do hospital é possível constatar o gesso do teto caindo em vários pontos, instalações elétricas danificadas e mofo. As enfermarias 6, 9 e 12 estão interditadas, bem como 3 suítes também estão interditadas perfazendo 10 leitos a menos. O piso está descolando devido às infiltrações.
Também estão interditadas a sala de medicação e de estabilização amontoando três setores em uma só sala. Dois auto-claves (equipamento de esterilização) estão quebrados. A esterilização de materiais estava sendo feita na Maternidade Januário Cicco e no Hospital Maria Alice Fernandes, mas o Maria Alice avisou na última sexta-feira que não poderia mais fazer isso. Isso atrasa o atendimento.
Para completar a situação de completo caos a unidade está sem telefone, sem internet e sem AIH (Autorização de Internação Hospitalar). Essas AIHs são documentos importantes, pois é através delas que são recebidos recursos do Ministério da Saúde.
Também não há ambulância no local, pois o contrato terminou e não foi pago, a empresa então suspendeu o serviço.
Com a mudança do cálculo do adicional noturno imposto pela prefeitura, muitos servidores foram prejudicados. Eles costumavam receber R$ 262 e passaram a receber R$ 52, o que está deixando muitos insatisfeitos e sem querer trabalhar à noite. Os últimos contratados também estão recebendo apenas 10% de adicional de insalubridade, mesmo cumprindo as mesmas tarefas dos mais antigos que recebem 20%, mais um fator que gera insatisfação entre os trabalhadores.