Fernanda Soares
Fernanda Soares

10/07/2014, 13h


 Cerca de 80 pessoas participaram da manifestação nesta quarta-feira (9), contra o aumento da passagem de ônibus da cidade de Natal. A concentração do ato teve início no Viaduto do Baldo, passou pela Prefeitura e terminou na Praça Cívica depois de um roletaço na Av. Prudente de Moraes.

Os manifestantes protestaram contra a proposta apresentada pela Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana), que aumenta a tarifa para 2,30. Como se não bastasse o aumento abusivo, os empresários do Seturn (Sindicato das empresas de ônibus) acham pouco. Querem a passagem entre R$ 2,56 e R$ 2,80. Além disso, os manifestantes reivindicaram melhorias no transporte público, e bandeiras como a tarifa zero e a estatização dos transportes. A estudante de Direito e representante da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL), Lorena Vidal falou que além de protestar contra o aumento da passagem de ônibus de R$ 0,10, os estudantes querem que o sistema de transporte público seja estatizado e seja comandado pelo poder público. O protesto seguiu pelas ruas do centro da cidade, cantando palavras de ordem e dialogando com a população que estava nas paradas de ônibus.

Veja as fotos do protesto 

Entidades como a CSP- Conlutas, Sindsaúde, Sintest e alguns partidos de esquerda prestaram o apoio aos estudantes e acompanharam todo o percurso da passeata. “Nós do Sindsaúde estamos aqui para expressar o apoio aos estudantes e trabalhadores que usam o transporte público de Natal e dizer que o aumento da passagem é um absurdo, o transporte vive sucateado, a população passa sufoco todos os dias, não podemos deixar que os empresários do Seturn saiam lucrando enquanto os trabalhadores passam dificuldades ”, disse Manoel Egidio JR.

Na Prudente de Moraes os estudantes pararam os ônibus e conversaram com os motoristas para liberarem a catraca para a população que estava aguardando o transporte. Os motoristas que recentemente participaram de uma greve que durou mais de 15 dias, onde exigiu o aumento de salário e melhores condições de trabalho, deixaram as pessoas entrarem por trás. Os estudantes cantavam “o motorista é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”.  Após o roletaço os estudantes sentaram no chão da praça cívica e convocaram uma assembleia para decidir os rumos das próximas manifestações.