Fernanda Soares
Fernanda Soares

21/12/2022, 10h


O Sindsaúde/RN recebeu no início da manhã, desta quarta-feira (21), mais um informe do hospital Walfredo Gurgel sobre a falta de alimentação para os (as) funcionários (as) do hospital diante da greve dos terceirizados. O aviso anunciou que a adesão ao movimento grevista subiu para 71,4% e a situação, portanto, é considerada de emergência. Pelo 5° dia consecutivo só haverá almoço para os pacientes e, desta vez, através de quentinhas com cardápio simplificado. Acompanhantes e funcionários seguem sem alimentação e aqueles (as) que não tem como arcar por conta própria estão passando fome. Além do Walfredo, recebemos denúncias da mesma situação no hospital Santa Catarina e relatos também vindo da Maternidade de São José do Mipibu. 
 
Relembramos que, em Mesa de Negociação durante todo esse ano de 2022, o Sindsaúde/RN tentou negociar com a Sesap a implementação de um plano B para ocorrências como essa de falta de alimentação para os servidores e acompanhantes. Foi sugerido medidas alternativas como: a compra emergencial de quentinhas ou mesmo o pagamento de um vale alimentação. Porém, a resposta é sempre de que os processos de licitação estão em andamento e, até o momento, essa demanda não foi atendida. Desse modo, foi informado, também em Mesa de Negociação que, caso não houvesse resolução, a nossa orientação para a base seria a seguinte: os servidores(as) que estiverem de plantão 12h devem fazer revezamentos para trabalharem apenas 6h devido ao não fornecimento das refeições. 
 
A partir do momento que o servidor tem direito ao alimento ao longo de sua jornada de trabalho, mas não recebe, medidas podem e devem ser tomadas. Por este motivo, nossa orientação é que, caso a situação não se resolva até às 18h desta quarta-feira (21), os trabalhadores (as) iniciem seus revezamentos. Reiteramos, a luta dos terceirizados da JMT e da SAFE é justa, digna e tem nosso apoio. Exigimos que o governo do estado e a empresa responsável pelo pagamento dos trabalhadores e trabalhadoras tomem as providências para regularizar a situação o mais rápido possível.
 
Confira o vídeo do Coordenador do Sindsaúde/RN, Paulo Martins.