No dia 12 de setembro, o Sindsaúde anunciou a suspensão da greve nos hospitais, como forma de buscar a negociação com o governo, mantendo-a apenas na Unicat. No entanto, a Sesap não respondeu ao pedido de audiência e cortou salários de servidores da Unicat. O corte atingiu oito servidores, que tiveram 12 dias descontados, correspondendo ao período de 01 à 12 de setembro. O descontou chegou a R$ 959,00, quase metade da remuneração. Além disso, todos os 65 servidores foram descontados pela paralisação de 27 de agosto.
“O corte de salário é um abuso do secretário de Saúde. A greve não é ilegal e não se pode cortar o salário, do qual o servidor depende para seu sustento. O absurdo é tamanho que a Sesap descontou até dias em que eles estavam trabalhando, antes do início da greve. Foi uma perseguição aos que estão à frente da greve”, denuncia Manoel Egídio Jr, do Sindsaúde.
Medicamentos - Os servidores denunciam também a falta de medicamentos na Unicat. No dia 01 de outubro, o desabastecimento na unidade atingiu 56,1%. Dos 484 itens em estoque, 272 estavam em falta. Nesta terça (07), 26 medicamentos de alto custo estavam em falta. O desabastecimento também atinge os insumos e chega aos hospitais, como o Walfredo Gurgel, onde está faltando até gase para curativos.