Fernanda Soares
Fernanda Soares

19/12/2022, 11h


O fim de semana não foi nada tranquilo para quem estava de plantão no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Nesta segunda-feira, 19, os funcionários da JMT de todos os hospitais do estado completam o terceiro dia de uma greve que vem se fortalecendo nos últimos dias e, através das denúncias dos trabalhadores (as), o Sindsaúde/RN acompanhou como foi conduzida a questão da alimentação no hospital durante o fim de semana. 
 
No sábado(17) foi informado aos trabalhadores (as) da saúde que 30% dos funcionários da JMT permaneceram no setor e o restante havia aderido à greve. Sendo assim, neste dia, apenas foram servidas refeições para pacientes e o refeitório permaneceu fechado durante o dia e a noite. No domingo (18), segundo dia da greve, o informe dizia que a adesão dos funcionários ao movimento grevista havia subido para 42%. A equipe estava, portanto, sem cozinheiro do turno intermediário (até 22h) e sem auxiliares de cozinha, contando apenas com o cozinheiro apenas para a dieta dos pacientes. Novamente não foi possível servir almoço para funcionários e acompanhantes. A ceia, por sua vez, foi servida para funcionários,mas em um cardápio simplificado, servido em quentinhas e entregue na nutrição. O refeitório seguiu fechado durante o dia e a noite.
 
Já nesta segunda-feira (19), terceiro dia de greve, o informe repassado para os servidores (as) apontou um novo aumento na adesão ao movimento grevista. Agora, com 57% de efetivo a menos, o hospital segue contando apenas com um cozinheiro para a dieta dos pacientes, sem o cozinheiro do turno intermediário (até 22h), sem auxiliares de cozinha e com o quadro de copeiros desfalcado. Sendo assim, mais uma vez, o almoço não será servido para funcionários e acompanhantes, exceto os (as) acompanhantes da pediatria. Assim como no dia anterior, a ceia será servida um cardápio simplificado, servido em quentinhas e entregue na nutrição e o refeitório segue fechado. 
 
O Walfredo Gurgel não é o único hospital a enfrentar o problema, recebemos denúncias de falta de alimentação também do Tarcísio Maia e em outras unidades. A greve tem como objetivo denunciar a situação precária desses trabalhadores (as) terceirizados que têm seus dramas relatados, inclusive por nós do Sindsaúde/RN, desde sempre. Até quando o governo do Estado vai permitir que os trabalhadores, inclusive os plantonistas, sigam sem direito ao básico que é a alimentação? Isso é uma vergonha! O Sindsaúde/RN, novamente, se solidariza à greve legítima dos trabalhadores da JMT e exige que a SESAP e o governo solucionem essa questão de uma vez por todas. Algo precisa ser feito e com urgência!