Fernanda Soares
Fernanda Soares

16/05/2014, 12h


Nesta quinta-feira (15), dia em que a saúde completava um mês de greve, os sindicatos em foram recebidos por uma comissão da SMS, Segelm, Seplan e Administração. A comissão de secretários foi formada para negociar com os servidores em greve, mas pouco avançou. A proposta apresentada foi a de antecipar a parcela do reajuste que seria pago em janeiro, que, somada aos 2%, chegaria a 5,68%. Esse valor sequer repõe as perdas do funcionalismo, de 14,07% e ainda seria descontado da VICT, ou seja, parte dos servidores não teria nenhum reajuste. Sobre os demais pontos, seriam feitos estudos.


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A reunião foi bastante tensa. Os secretários durante todo o tempo alegaram uma crise financeira do município, para justificar a falta de propostas. “Se você já está com uma folha descoberta na Saúde, como você vai propor reajuste de gratificação?”, afirmou Cipriano Maia, deixando claro que a proposta do governo é permanecer com as gratificações congeladas, algumas há onze anos.

O secretário chegou a exigir o fim da greve para seguir as negociações e ironizar a reivindicação de segurança nas unidades, reafirmando que isso não seria responsabilidade da Prefeitura. Reagiu da mesma forma diante das denúncias da falta de condições de trabalho, feitas por servidores da saúde e pelo Sindas. “Vocês querem uma situação ideal para trabalhar. Isso não acontece. Vocês só querem destacar os problemas, mostrando rato na TV”, atacou.

A reunião foi encerrada aos gritos. “Os secretários vem pra cá sem proposta de verdade e ainda não querem receber críticas. O que queriam? Que aplaudíssemos? A crise na saúde está aí e neste exato momento, estão dando 166% para os cargos comissionados”, questionou Célia Dantas, do Sindsaúde. “A greve continua!”, afirmou.

Uma nova assembleia está marcada para esta segunda-feira, 19, às 09h, no auditório do colégio CDF (Av. Deodoro da Fonseca, perto do Baldo).